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Veja quais cidades do Ceará abriram mais vagas de empregos em 2022

Veja quais cidades do Ceará abriram mais vagas de empregos em 2022

Legenda: Eusébio, município que se destacou no ano de 2022 com a construção de grandes empreendimentos, foi o segundo que mais gerou empregos no Estado -Foto: Fabiane de Paula/SVM

Mercado de trabalho formal no Estado ganhou 67 mil vagas no ano passado.

O Ceará encerrou o ano de 2022 com saldo positivo em geração de vagas de trabalho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho na última terça (31), foram criados 67.011 postos formais no Estado de janeiro a dezembro.

Fortaleza foi responsável por basicamente metade desses empregos. A capital cearense teve uma geração de 37,6 mil vagas em 2022, fruto de 303 mil admissões contra 265,4 mil desligamentos.

A outra metade dos postos gerados se distribui entre outras 140 cidades cearenses, das quais se destacam Eusébio, com a segunda maior geração de vagas de emprego em 2022 (2,8 mil); Horizonte (1,6 mil); Brejo Santo (1,5 mil) e Itapipoca (1 mil).

VEJA A LISTA DAS CIDADES QUE MAIS GERARAM EMPREGOS:

  • Fortaleza: 37.625
  • Eusébio: 2.851
  • Horizonte: 1.619
  • Brejo Santo: 1.532
  • Itapipoca: 1.001
  • Aquiraz: 989
  • Quixeramobim: 987
  • Sobral: 981
  • Crateús: 921
  • Itapajé: 919

NO CEARÁ, 43 CIDADES NÃO GERARAM VAGAS OU PERDERAM POSTOS DE TRABALHO:

  • Pereiro: -454
  • Uruburetama: -230
  • Icapuí: -180
  • Aracoiaba: -137
  • Cascavel: -112
  • Quixeré: -110
  • Irauçuba: -99
  • Chorozinho: -96
  • Ocara: -86
  • Milagres: -77

O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Vladyson Viana, destaca que o ranking está em linha com o desenvolvimento que vem sendo observado de cidades polos, com a atração de investimentos. "São indústrias, comércio atacadista, gerando mais emprego. Esses municípios contam com empresas que recebem incentivos, o que estimula essa criação de postos".

Ele destaca ainda o papel de políticas como o Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) para a geração de empregos e desenvolvimento das cidades interioranas. "Um dos objetivos do FDI é a interiorização dos investimentos, então contribui para essa expansão", diz.

Apesar da geração de 67 mil vagas no Ceará em 2022 - a terceira maior do Nordeste, atrás apenas de Pernambuco (68,9 mil) e Bahia (120,4 mil) -, o número é cerca de 14 mil postos inferior à geração de 81 mil vagas em 2021, número recorde para a série histórica do Caged no Ceará.

O presidente do IDT avalia que o dado de 2021 foi atípico, pois representa a liberação de uma demanda reprimida em decorrência da pandemia. "Em 2020, houve um impacto significativo em redução de postos, porque as empresas reduziram a força de trabalho se preparando para o isolamento".

"Em 2022, nós tivemos um crescimento importante, acima da média de 2019, o que nos revela uma estabilidade. Não foi, em termos absolutos, o que crescemos em 2021, mas se trata de um saldo positivo", pondera Viana.

SALDO NEGATIVO EM DEZEMBRO

Entre os elementos que impediram que o saldo de vagas de trabalho no Ceará se equiparasse ao ano de 2021 está o desempenho do mês de dezembro, quando o mercado formal despencou e perdeu 7 mil vagas. Viana destaca que o mês de dezembro é historicamente negativo desde 2004 - com exceção de 2020 - e que o último e primeiro mês do ano normalmente são de saldo negativo.

“Se trata de um período em que as empresas, o mercado como um todo está se reestruturando, então considero que esse saldo para o mês de dezembro é um resultado esperado”, explica o presidente do IDT.

Questionado sobre o ano ter iniciado com um forte movimento de demissões coletivas por parte de empresas cearenses, sendo um dos casos mais emblemáticos o da Guararapes, que fechou e desligou 2 mil trabalhadores, Viana avaliou que a expectativa é que 2023 continue a trajetória de geração de empregos de 2021 e 2022.

Ele também pontua que o setor de serviços deve continuar contribuindo fortemente para essa geração de postos, já que é o que historicamente prevalece na conjuntura cearense. “O mercado formal tem essa prevalência do setor de serviços, então não há dúvidas de que será o principal setor gerador. Temos as sazonalidades, mas sempre os serviços se destacam”.

Em 2022, no Ceará, o setor de serviços foi responsável por 41,6 mil das 67 mil vagas criadas, de acordo com dados do Caged. Em seguida, aparecem comércio, com 9,5 mil vagas, construção, com 8,4 mil e indústria, com 7,4 mil. Dos grandes grupamentos de atividade econômica, apenas a agropecuária apresentou saldo negativo, com 147 postos perdidos no ano passado.

PERFIL DO TRABALHADOR EMPREGADO

Os dados divulgados também permitem traçar um perfil dos trabalhadores ocupantes das vagas criadas em 2022. No Ceará, a maioria possui ensino médio completo (52,6 mil). Outras 6,5 mil vagas se destinaram aos com ensino superior completo.

Os homens são maioria (37,2 mil vagas), enquanto as mulheres são 29,7 mil. A faixa etária predominante é 18 a 24 anos, seguida por 25 a 29 anos e por 30 a 39 anos.

Reportagem de Ingrid Coelho/Agência Diário do Nordeste/SVM

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