Quem doa sangue pode faltar ao trabalho?
© Davidyson Damasceno/Agência Brasília |
Além de desfrutar da alegria de ajudar o próximo, quem doa sangue tem outra vantagem. Descubra o que diz a lei e como agir.
Alguns clichês, embora batidos, revelam verdades concretas. Por exemplo, dizer que quem doa sangue salva vidas, afinal, o que corre nas veias e artérias de todos pode fazer a diferença para pessoas submetidas a transfusões, transplantes, cirurgias ou procedimentos oncológicos.
De acordo com informações do ministério da Saúde, uma só doação pode ajudar até quatro pessoas. Em síntese, indivíduos entre 16 e 69 anos que pesam mais de 50 kg podem colaborar simplesmente oferecendo o braço a uma agulha. Porém, há contraindicação para doentes, puérperas e gestante.
Pessoas com febre, gripe, resfriado, diarreia, gestando uma vida ou no pós-parto devem aguardar a superação dessas condições. Eventualmente, elas poderão vivenciar a alegria em ajudar o próximo que quem doa sangue desfruta. Além disso, poderão ainda ter uma folga do trabalho.
Quem doa sangue pode sim faltar ao trabalho, mas há limites
De acordo com o artigo 473, inciso IV, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quem doa sangue realmente pode faltar ao trabalho. Contudo, não é um “liberou geral”. Conforme a lei, a ausência, “sem prejuízo do salário”, pode ser desfrutada uma vez a cada 12 meses.
Do mesmo modo o trabalhador de carteira assinada deverá devidamente comprovar a realização da doação voluntária de sangue. Por fim, o ordenamento não especifica se o funcionário é obrigado a avisar ou não com antecedência seus superiores ou o RH de onde trabalha.
Apesar disso, pode ser considerado de bom tom fazê-lo, como sinal de boa-fé e consideração para com o bom funcionamento do local de trabalho durante o expediente. Afinal, a ausência de quem doa sangue pode acabar, por outro lado, prejudicando a rotina da empresa a depender do dia.
Deseja doar? Atente-se às orientações complementares
Primordialmente, quem doa sague precisa apresentar um documento de identificação com foto – como RG, CNH etc. Enquanto menores de 18 anos precisam da autorização do responsável, quem tem entre 60 e 69 anos só poderá fazê-lo se já tiver doado até os 59 anos.
Por último, vale destacar que homens podem doar a cada dois meses, enquanto mulheres a cada três. Todavia, a cada procedimento, sempre é retirado, não importa o gênero, no máximo 450 ml de sangue.
Em conclusão, quem doa também tem de ter dormido ao menos seis horas nas 24 horas anteriores ao procedimento e estar bem alimentado. Simultaneamente é importante evitar alimentos gordurosos nas três horas anteriores e aguardar duas horas caso tenha almoçado.
*Reportagem de Marcos Costa/Seu Crédito Digital