Padre Cícero foi homenageado no carro da Mancha Verde "Fé no Padim Ciço e a arte de Mestre Vitalino".
Carro alegórico da Mancha Verde homenageou Padre Cícero e o mestre artesão Vitalino — Foto: g1 |
Atual campeã do Grupo Especial de SP, escola teve rainha de bateria Viviane Araújo e parentes de Lampião e Maria Bonita. Carro abre-alas fez alusão à caatinga, e final celebrou festas de São João.
A Mancha Verde foi a terceira escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial do Carnaval em São Paulo, nesta madrugada de domingo (19).
A atual campeã da elite do carnaval paulistano defendeu o enredo "Oxente - Sou Xaxado, sou Nordeste, sou Brasil", com a presença da rainha de bateria Viviane Araújo e de parentes de Lampião e Maria Bonita.
A escola alviverde mostrou a força da dança criada no Sertão Pernambucano e popularizada por Luiz Gonzaga. O Rei do Baião veio representado com um boneco gigante articulado segurando uma sanfona, no último carro (veja acima vídeos do desfile).
"Oxente - sou xaxado, sou Nordeste, sou Brasil" é o enredo escolhido pela escola para apresentar na avenida.
A agremiação surgida a partir de uma torcida organizada do Palmeiras encheu o desfile de referências nordestinas. Do carro abre-alas, com alusão à caatinga, até as últimas alas, celebrando as festas e quadrilhas de São João, a Mancha trouxe vários tons de verde ao Anhembi.
Em busca do tricampeonato, a escola contou com 230 ritmistas na bateria, enquanto Viviane Araújo sambava em seu 17º ano de reinado.
- Cangaço, fé e artesanato
Abre-alas da Mancha Verde representa a Caatinga, região onde surgiu o xaxado — Foto: Fábio Tito/g1 |
O segundo carro retratou o tempo do cangaço, com um boneco de Lampião, além de parentes dele, como Expedita Ferreira, a única filha do cangaceiro. Ele e Maria Bonita também foram lembrados em fantasias do começo do desfile.
Padre Cícero foi homenageado no carro "Fé no Padim Ciço e a arte de Mestre Vitalino". Essa alegoria simbolizou a fé dos nordestinos e trouxe estátuas inspiradas no trabalho do artesão pernambucano Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963).
A força da cultura do Nordeste foi o trunfo da Mancha Verde para tentar repetir o sucesso do carnaval anterior, quando foi campeã com o enredo "Planeta Água".
Conteúdo do g1