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Integrante de facção expulsava moradores de apartamentos na Caucaia para esconder armas e drogas

Integrante de facção expulsava moradores de apartamentos na Caucaia para esconder armas e drogas

Legenda: Gaeco já ofereceu denúncia contra ao menos 8 integrantes de facções que expulsaram moradores de residências no Ceará, no ano corrente - Foto: José Leomar

Homem e companheira foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará por crimes cometidos em residencial

Um homem, apontado como membro de uma facção criminosa carioca, foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por expulsar moradores de um residencial em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), para esconder armas e drogas do grupo criminoso. A companheira dele também foi acusada por participação nos crimes. As munições apreendidas pertenciam ao Estado.

A denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) contra Luan Victor da Silva Macedo e Mônica dos Santos da Silva, pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo, foi apresentada na última segunda-feira (22). Luan ainda foi denunciado por receptação.

O acusado foi preso em flagrante por policiais civis e militares no Condomínio Pabussu, no bairro Planalto Caucaia, no dia 13 de julho deste ano, depois de expulsar moradores do local e efetuar disparos com arma de fogo, segundo o MPCE. Ele controlava três imóveis no residencial.

Dentro dos apartamentos, a Polícia localizou maconha, cocaína, balança de precisão, outros apetrechos para o tráfico de drogas, aparelhos celulares e um verdadeiro arsenal: um fuzil calibre 556 com carregador, uma pistola 9mm, duas espingardas calibre 12, dois revólveres, munições diversas e um colete balístico.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o residencial era palco de um confronto entre a facção carioca e dissidentes que criaram outro grupo criminoso. Com o domínio momentâneo da facção carioca, famílias foram expulsas por não cumprirem regras estabelecidas.

MUNIÇÕES DESVIADAS DO ESTADO

O Ministério Público do Ceará pediu investigação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), sobre as munições apreendidas na posse de Luan Victor e Mônica dos Santos, que, segundo o Órgão, pertencem ao Estado.

A investigação policial identificou que as munições pertenciam à Academia Estadual de Segurança Pública do Estado do Ceará (AESP), à Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus), à Polícia Civil do Ceará (PCCE), à Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará (SAP) e à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).

Como pedido pela Polícia Civil, o MPCE reforçou à Justiça que as munições sejam devolvidas aos seus respectivos órgãos, depois de serem analisadas pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

OUTRAS DENÚNCIAS POR EXPULSÃO DE MORADORES

  • O Ministério Público do Ceará listou outras denúncias realizadas pelo Gaeco, neste ano, contra acusados de integrar organizações criminosas e de expulsar moradores de suas casas, no Estado. Confira a lista:
  • No dia 27 de janeiro, o MPCE denunciou Renato Feijó da Silva e Luiz Alexandre Quirino, vulgo “Dentim”, flagrados por policiais em uma residência abandonada, com armas e munições, na Favela da Lagoa, localizada no bairro Cajazeiras, em Fortaleza. O local da abordagem é cercado de casas abandonadas por moradores que haviam sido expulsos por uma facção criminosa cearense cinco dias antes da prisão. Na ocasião, os denunciados cumpriam o papel de “guardas” da residência.   
  • Em 11 de fevereiro, Pedro Eduardo Costa de Oliveira foi denunciado pelo MPCE, por meio do Gaeco, por integrar a mesma facção cearense e obrigar, a mando do grupo criminoso, moradores dos Condomínios Alamedas I e II a abandonarem seus apartamentos.   
  • Em 16 de junho deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) manteve a condenação de caso de expulsão de moradores denunciada pelo Ministério Público em 2019. À época, Roger Pereira da Silva, conhecido como “Peixe”, e Amanda Pereira da Silva estavam ameaçando de morte e obrigando uma mulher a abandonar o próprio apartamento, localizado no Conjunto Residencial Cidade Jardim II, no bairro José Walter, em Fortaleza. A ofendida deixou o local sem levar pertences e passou a residir na casa da mãe. Investigações apontam que a dupla agia sob ordens da facção criminosa carioca.   
  • Em 24 de julho, o MPCE denunciou Rafael Morais Alves pelos crimes de organização criminosa e constrangimento ilegal. De acordo com Inquérito Policial, ele estava invadido, durante a madrugada, uma comunidade indígena conhecida como Ipaumirim, localizada no Município de Caucaia. Na ocasião, alguns moradores teriam sido despejados de suas residências. O denunciado agia em nome de uma nova facção, dissidente do grupo criminoso carioca. Segundo testemunhas, ele ameaçava de execução quem não cumprisse as regras do grupo criminoso.   
  • Em 5 de agosto, Francisco Claudiano da Silva Santos também foi denunciado por integrar organização criminosa e ameaçar moradores do Condomínio Vinicius de Morais, em Maranguape.    
  • Em 28 de outubro, mais uma denúncia formulada pelo órgão ministerial, através do Gaeco, dizia respeito ao mesmo tema. O denunciado Alisson Silva Sousa, vulgo “Pitoquinho”, fazia parte da facção cearense, resolveu mudar para a facção rival carioca e estava expulsando famílias de suas casas no bairro Pici, na Capital. 

Fonte: Diário do Nordeste


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