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Facção cobrava taxa de 1,7 mil pontos de venda de droga no Ceará e arrecadava quase meio milhão de reais por mês

Facção cobrava taxa de 1,7 mil pontos de venda de droga no Ceará e arrecadava quase meio milhão de reais por mês

Legenda: Ofensiva da PC-CE capturou suspeitos na Capital, RMF e Interior - Foto: Halisson Ferreira

A taxa ou "caixinha" é destinada para a compra de armas de fogo e munições da facção. O armamento, conforme as investigações da Polícia Civil, pode ser emprestado em casos de necessidade, como disputa por território com facção rival.

Uma operação da Polícia Civil do Ceará (PCCE) contra uma facção criminosa, deflagrada na última sexta-feira (19), identificou mais de 1,7 mil pontos de venda de drogas do grupo criminoso no Ceará, que tinham que pagar um total de quase meio milhão de reais, por mês, para a "caixinha" da facção. A Operação Anullare cumpriu um total de 813 mandados judiciais contra 361 membros da facção de origem carioca.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) chegou aos integrantes da facção a partir da prisão de Valeska Pereira Monteiro, a 'Majestade', ocorrida em agosto deste ano, no Município de Gramado, no Rio Grande do Sul. Ela era a principal responsável pela contabilidade financeira da facção no Ceará.

Segundo as investigações, 'Majestade', também conhecida como 'Desenho', começou a atualizar o 'Quadro da Biqueira' da facção (termo utilizado para se referir à lista de pontos de venda de drogas) em junho deste ano, através do aplicativo WhatsApp. Em alguns dias, ela recebeu, em seu aparelho celular, mais de 1,7 mil cadastros, com informações sobre o responsável pelo ponto, vendedores, endereço e contato. 

R$ 425 MIL

Cada ponto tem que pagar R$ 250 mensais (entre o dia 1º e 10º de cada mês) para a "caixinha" da facção criminosa. Isso resulta em um faturamento de ao menos R$ 425 mil, por mês, para o comando da facção criminosa no Ceará.

Conforme a investigação da Polícia Civil, a "caixinha" é destinada para o paiol da facção criminosa, ou seja, para a compra de armas de fogo e munições, que podem ser emprestadas para as "Biqueiras", em casos de necessidade, como disputa por território com facção rival.

Foto: Ilustração

Investigação policial

Entre os proprietários dos pontos listados para 'Majestade' estão Francisco Cilas de Moura Araújo, o 'Mago', líder da facção em Caucaia, preso no Piauí em julho de 2020 e custodiado, desde agosto de 2021, no primeiro Presídio de Segurança Máxima do Ceará. E Carlos Mateus da Silva Alencar, o 'Fiel' ou 'Skidum', que atua na região do Pirambu, em Fortaleza, está foragido e consta na lista do Programa de Recomensa Estadual da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

A investigação policial reforça ainda que 'Majestade' é o "braço direito" do líder máximo da facção carioca no Ceará, Max Miliano Machado da Silva, capturado em fevereiro deste ano no Estado do Pará. Além da prisão dele, a Draco localizou comparsas e apreendeu 600 kg de cocaína, avaliados em cerca de R$ 70 milhões.

Legenda: Valeska é suspeita de ser responsável pelo controle financeiro e pela distribuição de territórios para venda de entorpecentes - Foto: Reprodução

ORDENS JUDICIAIS

A Operação Anullare foi considerada a "maior ofensiva policial da história da Polícia Civil em combate a um único grupo criminoso", segundo o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Sandro Caron.

Os 358 mandados de prisão e outros 455 de busca e apreensão foram cumpridos na Capital, na Região Metropolitana de Fortaleza e no Interior do Ceará, além de Pernambuco.

Legenda: 800 mandados judiciais foram cumpridos pela Polícia Civil - Foto: Halisson Ferreira

“[As pessoas presas agora] são gerentes do crime organizado. São as pessoas que estavam na rua comandando ações de narcotráfico. Eram pessoas de total confiança da liderança do primeiro escalão. Por isso, essa ação é um duro golpe nesse grupo”, explicou Sandro Caron.

Fonte: Diário do Nordeste

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