“Negão da Bros” nega ter matado sua ex em Juazeiro e diz que ela era envolvida com crimes
“Negão da Bros” é o principal suspeito de ter matado sua ex-companheira Cícera Amaroto (Reprodução) |
Ele é o principal suspeito de ter matado sua ex-companheira a tiros, na
manhã da última quinta-feira (28).
A Polícia Civil de Juazeiro do Norte corre contra o tempo para aclarar as
provas do envolvimento de Alberlan Rocha Silva, de 36 anos, o “Negão da
Bros”, no assassinato da sua ex-companheira Cícera Amaroto da Silva Velozo,
de 38 anos. Ele segue preso, porém em virtude do flagrante por posse de
munições ocorrido momentos após o crime. Se for constado o feminicídio, a
Delegada Deborah Gurgel deve representar pela transformação do Auto de
Prisão em Flagrante (APF) em prisão temporária.
Ela é a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Juazeiro e
preside o Inquérito Policial, estando, como disse, diante de muitas
evidências. Assim, ganharia mais tempo no processo de investigação que pode
resultar no indiciamento do “Negão da Bros” como executor ou autor
intelectual do crime ocorrido às 9 horas da manhã da última quinta-feira,
dia 28 de maio.
Eles estavam separados há oito meses e Cícera Amaroto retornava para sua
residência na Rua do Ancião (Tiradentes) após algumas compras quando foi
surpreendida pelos disparos no momento em que se preparava para descer de um
carro de aluguel. A delegada já esteve analisando algumas imagens recebidas
de câmeras de segurança da área. Além disso, aguarda autorização judicial
para aprofundar averiguações que passam por quebras de sigilos.
O principal suspeito continua sustentando a negativa de autoria assegurando
que, há muito tempo não tinha contato com a mesma. Num determinado trecho do
seu depoimento, “Negão da Bros” até se coloca como vítima de Cícera Amaroto
citando um atentado à bala sofrido, no dia 24 de março, com disparos
efetuados do interior de um carro e ele teria visto a mesma dentro do
veículo. Além disso, ainda sugeriu caminhos para a polícia afirmando que sua
ex tinha envolvimento com crimes.
Tudo está sendo devidamente checado pela doutora Déborah que aguarda,
também, o laudo do exame residuográfico feito no principal acusado. Ela
segue diligenciando junto com investigadores da DDM e já ouviu várias
pessoas. No último dia 13 de novembro “Negão da Bros” efetuou disparos no
portão da casa de Cícera Amaroto, sendo preso no dia seguinte no Sítio Baixa
do Fundão em Caririaçu com um revólver calibre 38 e quatro espingardas, mas
Cícera não representou contra ele.
Reportagem de Demontier
Tenório/Agência Miséria