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Ceará terá centro tecnológico para culturas de alto valor agregado no Cariri; entenda

Ceará terá centro tecnológico para culturas de alto valor agregado no Cariri; entenda

Legenda: O secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Sílvio Carlos, esteve no IV Seminário AgroSetores do Ceará, nessa quinta-feira (28), no Centro de Eventos, em Fortaleza - Crédito: Arquivo Sedet/Reprodução

O equipamento tem investimento de R$ 39,9 milhões.

O Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP) — voltado para a diversificar as culturas agrícolas de alto valor agregado no Ceará — deve entrar em operação até janeiro de 2024, em Barbalha, no Cariri. O projeto tem investimento de R$ 39,9 milhões. Segundo o secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Sílvio Carlos, a construtora para executar a obra já foi contratada.

A pasta, no entanto, aguarda a ordem de serviço para iniciar o projeto. O gestor participou do IV Seminário AgroSetores do Ceará, nessa quinta-feira (28), no Centro de Eventos, em Fortaleza. 

O CTCP terá sete hectares e atuará com pesquisas, capacitações e demonstração de novas tecnologias. O objetivo é testar e incentivar a ampliação da produção de itens agrícolas de maior retorno econômico, com o chamado cultivo protegido, cuja técnica permite o controle de variáveis climáticas por meio de estufas.

Dentre as plantações almejadas, estão o mirtilo, morango, tomate, cacau, açaí, acerola orgânica e maracujá. Há, ainda, potencial para hortaliças e flores. “O cultivo protegido diminui o consumo de água, melhora a qualidade do produto por impedir o acesso a pragas e pode ser produzido em qualquer época, além de gerar mais emprego porque a colheita é manual”, enumerou o secretário. 

Foto: Divulgação

Ele acrescentou que o mirtilo gera oito empregos por hectare, enquanto o melão (item mais exportado no Ceará) abre, no máximo, 1,5 posto de trabalho por hectare.

“Vamos buscar culturas e tecnologias no Exterior para tentar aplicar no Estado e promover essa valorização da agricultura. Podemos produzir mais do que já produzimos, gerar riqueza e muito mais emprego”, completou. 

O CTCP será idealizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal do Ceará (UFC) e instituições de ensino superior da Califórnia e da Holanda. Até o momento, 28 produtores foram capacitados no cultivo em ambiente protegido e horticultura, no Cariri. Ao todo, o Tesouro Estadual disponibilizou R$ 6 milhões para implantação da 1ª fase da obra. 

“O sonho seria ter várias 'Ibiapabas'. O clima não podemos trazer de lá, mas a tecnologia e todo aquele conhecimento, sim. Então, é essa a nossa proposta: estimular o cultivo protegido. Para isso, estamos construindo o Centro de Tecnologia, em Barbalha”, enfatizou. 

Projeto inclui duas filiais na serra cearense

Além do equipamento em Barbalha, foi elaborado um projeto executivo para duas unidades menores (3 hectares) na Ibiapaba e no Maciço do Baturité. As cidades ainda serão definidas. Contudo, como ainda não houve licitação, não há previsão para a abertura das filiais.

Segundo Sílvio, a instalação das duas sedes é dialogada com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem “interesse em participar”.

Número de empregos no setor pode dobrar até 2026 no Ceará, diz secretário 

Segundo o secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Sílvio Carlos, além do Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP), já existe um trabalho de incentivo às culturas alternativas para ganhar eficiência na gestão dos recursos hídricos e desenvolvimento econômico. “O Ceará tem pouca água. Então, podemos pegá-la para utilizar com cultivações de maior valor agregado e ter mais retorno”, disse. 

O objetivo é difundir tecnologias para a produção de novas espécies não tradicionais como avocado hass (abacate), mirtilo, pitaya, cacau, açaí, acerola orgânica, caju orgânico, romã, amora preta, caqui, morango, trigo. Além disso, buscar inovações para as já tradicionais, como a cajucultura de alto desempenho (irrigada e de sequeiro), tomate, pimentão, algodão, café. 

“Se conseguirmos estimular essas culturas, facilmente dobramos o número de empregos gerados na agricultura, até 2026, no Ceará. Hoje, de acordo com o IBGE, temos 1 milhão de pessoas com atividades no campo, entre formais e informais. Podemos chegar aos 2 milhões”. 

Ações do projeto:

  • 120 produtores sensibilizados com manejo produtivo e inovação tecnológica (Diagnóstico de Eficiência de distribuição de água nos Perímetros Irrigados);  
  • 55 produtores capacitados em cultivo de cacau, em Marco, no Cará); 
  • 300ha implantados Cacau em Marco, no Ceará;
  • 98 produtores capacitados em cultivo de pitaya; 
  • 26 produtores capacitados em cultivo do algodão (Cariri);  
  • 120 produtores capacitados na cultura do algodão. 

*Reportagem de Escrito por Bruna Damasceno/Agência Diário do Nordeste/SVM

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