Procon aponta alta em juros do empréstimo pessoal; compare as taxas de grandes bancos
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Aumento da taxa em relação a dezembro foi puxado pelo reajuste promovido pela Caixa Econômica Federal sobre o produto.
A taxa média de juros do empréstimo pessoal ficou em 7,66% ao mês neste começo de ano, uma variação positiva de 1,32% em relação à taxa média praticada pelos bancos no mês de dezembro, que ficou em 7,56%. O valor encontrado equivale a um juro médio de 142,47% ao ano para o produto destinado à pessoa física. Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Procon-SP, cujo último levantamento foi feito no dia 4 de janeiro de 2023.
As mudanças em taxas nesse período foram promovidas pelo Banco Bradesco, que reduziu em 0,01 p.p. o juro para o empréstimo pessoal, e pela Caixa Econômica Federal, que aumentou a taxa em 0,62 p.p. e puxou a alta da taxa média em janeiro.
O Bradesco desceu o juro de 9,81% para 9,80% na comparação da média de dezembro com a primeira semana de janeiro. Já a Caixa subiu a taxa de 4,10% para 4,72%, uma variação positiva de 15,12%, segundo o levantamento do órgão de defesa do consumidor paulista.
No cheque especial, o juro médio praticado pelos grandes bancos ficou em 7,96% ao mês, equivalente a 150,56% ao ano. Das seis instituições bancárias pesquisadas, cinco oferecem a taxa de 8% ao mês, o teto limitado pelo Banco Central para esse produto desde janeiro de 2020. Mas o Banco do Brasil diverge com juros de 7,73% ao mês no cheque especial, o que puxou a média geral para baixo.
Segundo o Procon-SP, a taxa média do cheque especial permanece a mesma desde fevereiro do ano passado.
* Os dados da tabela se referem a taxas máximas pré-fixadas para clientes (pessoa física) não preferenciais, independentemente do canal de contratação, sendo que, para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias e para o empréstimo pessoal o prazo de contrato é de 12 meses.
O levantamento é realizado mensalmente pelo núcleo de pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor nos bancos Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.
*Conteúdo do Valor Investe/O Globo — São Paulo