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Constipação: kiwi na dieta ajuda tratamento da prisão de ventre

Constipação: kiwi na dieta ajuda tratamento da prisão de ventre

Kiwi: quem consumiu a fruta em estudo percebeu melhorias no esforço para evacuar e na consistência das fezes — Foto: Istock Getty Images

Médico endocrinologista Guilherme Renke explica novo estudo que mostra como a fibra presente na fruta melhora os sintomas gastrointestinais de quem tem intestino preso.

Você tem o intestino preso? Saiba que a constipação é um dos sintomas mais recorrentes no consultório médico e nutricional na atualidade. Muitos dos pacientes, em sua maioria mulheres, referem ter intestino preso com uma frequência de idas ao banheiro muitas vezes semanal ou apenas a cada 10 a 15 dias. A constipação é um sintoma e não uma doença, geralmente definida como quando as evacuações ocorrem três ou menos vezes por semana e são difíceis de passar. Infelizmente, devido ao sedentarismo e hábitos alimentares pobres em fibras e ricos em alimentos industrializados, os casos de constipação vêm aumentando no Brasil. Sabemos que alguns alimentos ajudam no tratamento da prisão de ventre, e um dos mais efetivos é o kiwi.

Apesar de ser frequente, muitas vezes a paciente não “valoriza” a constipação, assim o sintoma permanece até que a paciente desenvolva sequelas, como distúrbios no ânus e no reto (hemorroidas etc).

Um paciente constipado pode ser totalmente assintomático ou ter as seguintes queixas:

  • Distensão ou Inchaço abdominal;
  • Dor ao defecar;
  • Diarreia;
  • Dor lombar;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Realizar com frequência a extração manual.

Alguns outros sinais e sintomas, se presentes, são motivo de preocupação e um gastroenterologista deve ser consultado. São eles:

  • Sangramento retal;
  • Dor abdominal intensa;
  • Incapacidade evacuar por muitos dias;
  • Vômito.

Kiwi melhora esforço e consistência das fezes

A dieta Low FODMAPs pode ajudar a mitigar os sintomas da síndrome do intestino irritável, como desconforto abdominal, dor, gases e diarreia ou constipação — Foto: Istock Getty Images

Os alimentos podem, sim, piorar ou melhorar os sintomas, por isso a ciência tenta identificar alimentos com potencial para ajudar na constipação. Um deles é o kiwi, que pode aumentar a frequência dos movimentos intestinais em pessoas com constipação. Em estudo recente, publicado em novembro de 2022 no American Journal of Gastroenterology, quem consumiu kiwi teve uma melhora significativa na consistência das fezes, redução da constipação, indigestão/refluxo e dor abdominal.

Nesse estudo, os participantes foram então distribuídos aleatoriamente para consumir dois kiwis verdes maduros sem as cascas ou 7,5 g de psyllium por dia durante quatro semanas. Psyllium é considerado um tratamento de primeira linha para as as condições de constipação com as quais os participantes foram diagnosticados. O teor de fibras do psyllium é semelhante ao do kiwi. Entre os participantes que tomaram psyllium, houve um aumento estatisticamente significativo na frequência de evacuações ou uma diminuição nos sintomas gastrointestinais. Já os participantes que comeram kiwi relataram amolecimento da consistência das fezes, redução no esforço e melhora na qualidade de vida em comparação com a linha de base, e essas melhorias no esforço e na consistência das fezes foram maiores do que as relatadas por aqueles que tomaram psyllium.

A fibra encontrada nas paredes celulares do kiwi retém a água, o que pode amolecer as fezes e aumentar a sua frequência. Outros componentes do kiwi, como ráfides, podem alterar a produção de mucina, levando a uma melhor laxação. De fato, vários estudos anteriores sugeriram que o consumo regular de kiwi verde fresco pode ser eficaz como tratamento para a constipação.

Fundamental lembrar que para realização de dietas ou tratamentos nutricionais, o nutricionista deve ser consultado. Além disso, o tratamento da constipação não deve ser feito por conta própria com uso de laxativos, pois muitas vezes a causa da constipação pode ser uma doença grave como o câncer colorretal, por exemplo. Por isso, procure sempre o médico especialista.

  • * As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta

Por Guilherme Renke/Eu Atleta/GE

Médico endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Médico do Esporte Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

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