'Merenda escolar será prioridade', afirma futuro ministro da Educação, Camilo Santana
O governador do Ceará, Camilo SantanaO governador do Ceará, Camilo Santana - Foto: JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO |
O ex-governador do Ceará disse que tem conversado com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que esteve na chefia da do MEC durante a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
O futuro ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o reajuste da merenda escolar ganhará prioridade durante sua gestão na pasta. Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira, Santana falou que a ideia é recompor recursos para a área "o mais rápido possível".
— Conseguimos recuperar um pouco o orçamento do Ministério. Já vai dar certo fôlego — disse ele.
Outros focos, segundo afirmou Santana, são realizar um levantamento sobre obras paralisadas e uma reunião com os representantes das universidades federais, afetadas com por bloqueio de recursos no último mês.
Santana disse que tem conversado com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que esteve na chefia da do MEC durante a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), está confirmado o nome de Fernanda Pacobahyba, Secretária da Fazenda do Ceará. O futuro ministro citou Pacobahyba como "uma pessoa de confiança". O órgão é cobiçado pelo Centrão e foi alvo de um dos principais escândalos de corrupção do governo Bolsonaro. O nome da nova presidente será oficialmente anunciado em breve.
Ainda nesta terça, Camilo Santana confirmou que a governadora do Ceará, Izolda Cela, será sua secretária executiva. Cela já passou pela Secretaria de Educação de Sobral, vitrine do Ceará, e é uma dos idealizadores do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC).
Um novo MEC
Santana destacou que a pasta será remodelada no dia 1° de janeiro de 2023, e a nova reestruturação – já na fila para estar entre os primeiros decretos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva – deverá constar no primeiro Diário Oficial da União do ano.
A expansão do ensino integral e do ensino infantil são uma das prioridades ordenadas por Lula. O futuro ministro também vê como urgência o reajuste da merenda escolar e a recomposição dos recursos para universidades e instituições federais, afetadas com cortes do MEC neste mês. Nas próximas semanas, Santana deverá convocar todos os secretários de Educação e os reitores de federais.
– Nós precisamos correr, porque temos o prejuízo dos quatro anos de desorganização do Ministério da Educação, da falta de compromisso desse governo com a educação brasileira. Além da pandemia, que tirou alunos das escolas por quase dois anos. Temos que recuperar esse tempo perdido – reforçou.
Reportagem de Karolini Bandeira — Brasília