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Longa-metragem que resgata memórias das paisagens e festas religiosas do Cariri chega aos cinemas

Longa-metragem que resgata memórias das paisagens e festas religiosas do Cariri chega aos cinemas

Filme mostra a saga de uma família de pescadores do litoral do Ceará rumo ao cariri cearense para pagar uma promessa na festa do Pau da Bandeira, em Barbalha — Foto: Reprodução

Filme "Pequenos Guerreiros", de Bárbara Cariry, participou do Children’s Film Festival Seattle, nos Estados Unidos, um dos importantes festivais internacionais de cinema infantil-juvenil do mundo.

Resgatar memórias afetivas presentes nas paisagens do sertão e nas festas religiosas do interior do Ceará. Essas são algumas das inspirações que impulsionaram a diretora Bárbara Cariry a produzir "Pequenos Guerreiros" (2021), primeiro longa-metragem da filha do cineasta Rosemberg Cariry.

Prestes a chegar aos cinemas no início de dezembro, o filme já teve participação no Children’s Film Festival Seattle, nos Estados Unidos, um dos importantes festivais internacionais de cinema infantil-juvenil do mundo. Pequenos Guerreiros é o longa-metragem de estreia de Bárbara Cariry, após dirigir os curtas-metragens Verão (2009), O Silêncio do Mundo (2011) e A Canção de Alice (2018).

No filme, uma família de pescadores do litoral do Ceará decide viajar para o sertão, indo até à cidade de Barbalha, na região do Cariri, com o objetivo de pagar uma promessa durante a Festa do Pau da Bandeira. O festejo reúne anualmente milhares de pessoas para missas e cortejos em torno da fé em Santo Antônio.

O pai Cosme (Bruno Goya), a mãe Maria (Georgina Castro), o filho Benedito (Juan Calado) e os sobrinhos Matheuzinho (Daniel Almeida) e Bruna (Lara Ferreira) sobem em um jipe para encarar a estrada de terra e sol escaldante. Durante o percurso, a família mergulha nas belezas da cultura nordestina, fazendo dessa jornada uma forma de se conectar com a história, a memória e a identidade de seu povo. Uma narrativa suave, com espaço para imaginação, feita de pequenas surpresas e descobertas.

Artistas de rua, parques de diversões, salas de cinema, paisagens deslumbrantes, figuras tradicionais do sertão nordestino e até mesmo dinossauros surgem para conduzir experiência cultural das três crianças. Quase sempre sob os olhos atentos de Cosme e Maria, já que são inquietas e curiosas, elas fazem da viagem não apenas um pagamento de promessa, mas uma grande brincadeira e aprendizado sobre o mundo.

Vivências da autora

Durante a viagem, a família composta por pai, mãe, filho e dois sobrinhos conhece diversas paisagens do interior do Ceará — Foto: Reprodução

"Eu nasci em Fortaleza, mas desde bem pequena que eu viajava com meus pais para o Cariri cearense, no sul do Estado. Eles são daquela região. Essas viagens aconteciam geralmente em épocas de festas, como a ExpoCrato, a Festa do Pau da Bandeira de Barbalha, as Romarias de Juazeiro, Dia de Reis, São João, entre outras. Era sempre um momento de descoberta, uma emoção encontrar tantas cores, ritmos e novidades", comenta Bárbara.

A diretora pretende abrir um diálogo entre a criança da grande cidade, que costuma frequentar shoppings e espaços rodeados de edifícios, mas também ampliar essa visão para os sertões, as serras, os vales, com enfoque nos festejos populares.

"Pequenos Guerreiros é uma livre fruição. É um filme de dramaturgia e de ações mínimas, deixando espaço para que a criança também possa projetar a sua imaginação e as suas fantasias", comenta.

Por Paulo Martins, g1 CE

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