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Associação dos provedores do Ceará busca de apoio federal na luta contra as cobranças para uso de postes

Associação dos provedores do Ceará busca de apoio federal na luta contra as cobranças para uso de postes

Representantes da Associação dos Provedores do Ceará buscam apoio federal para barrar cobrança de taxa para uso de postes (foto: Divulgação/Uniproce)

Enel Ceará retomou a cobrança de até R$ 78 por uso dos postes pelos provedores de internet. Empresa deu até o fim de novembro para que as novas condições sejam aceitas.

Representantes da Associação dos Provedores do Ceará (Uniproce) estiveram em Brasília nesta terça-feira, 22, buscando apoio de órgãos federais para que não seja cobrada a taxa por uso de postes. O valor, requerido pela Enel Ceará, seria de até R$ 78 por uso dos postes pelos provedores de internet.

A companhia de energia deu até o fim deste mês de novembro para que as novas condições sejam aceitas. O impacto estimado pelos provedores é de uma conta de internet 70% mais cara para os usuários e também de falência no setor. 

Em Brasília, a associação conversou com o conselheiro da Anatel Vicente Aquino, que teria demonstrado preocupação com os novos valores que deverão ser repassados aos consumidores de internet. Conforme a Uniproce, os consumidores podem chegar a pagar até 6x a mais do valor da fatura de internet caso a cobrança seja efetivada.

Além disso, as empresas de telecomunicações estimam que mais de 100 mil pessoas podem perder seus empregos diretos por conta da cobrança que a concessionária, até então, "não consegue explicar o motivo", conforme Aquino.

O grupo também encontrou o governador do Ceará em exercício, Evandro Leitão, e relembraram que no início da luta contra a cobrança, ainda em fevereiro, ele foi o primeiro deputado a receber o grupo e estabelecer uma reunião inicial com a concessionária.

Os representantes da Uniproce também se encontraram com o deputado e líder do PDT na Câmara de Deputados, André Figueiredo (PDT-CE), que teria reafirmado apoio aos provedores do Ceará.

Por fim, em uma reunião com o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), este emitiu um ofício solicitando uma audiência pública entre deputados federais, presidentes da Anatel, Aneel, Enel e Uniproce, na capital federal.

Entenda o caso

O debate sobre um novo valor para o uso dos postes para a instalação de fibra óptica era conduzido desde fevereiro em um grupo técnico formado por associações, provedores, Enel e também a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No entanto, o entendimento entre eles não aconteceu e, no final do mês de outubro, a Enel Ceará enviou um informe às empresas de telecomunicações sobre novos valores para o compartilhamento de infraestrutura, retomando os valores estabelecidos antes da discussão, e deu até o fim de novembro para que as novas condições sejam aceitas.

A cobrança foi alvo de protestos. A União dos Provedores do Ceará (Uniproce) estima uma falência dos pequenos provedores do Estado em um prazo máximo de dois meses a partir da imposição da cobrança. Já a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) disse que o valor da conta mensal pode aumentar em 70% para os consumidores no Estado.

O que a Enel diz

Ao O POVO, a Enel destacou que "as negociações dentro do grupo de trabalho não prosperaram e a Enel mantém sua última proposta para os provedores que tiverem interesse, com redução de até 80% do previsto no contrato."

"A companhia esclarece que não está realizando qualquer cobrança indevida ou nova taxa. A cobrança pela instalação de cabos e equipamentos já está definida nos contratos de Compartilhamento de Infraestrutura previamente assinados pelas empresas de telecomunicação do Ceará com a distribuidora e está nos termos da Resolução Conjunta Aneel/Anatel nº 4/2014 e também a Resolução Normativa 797/2017", concluiu.

Autor Paloma Vargas/Jornal O Povo Online

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