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11 PMs são investigados na CGD por omissão em assassinato de jovem dentro de delegacia no Ceará

11 PMs são investigados na CGD por omissão em assassinato de jovem dentro de delegacia no Ceará

Legenda: A CGD já havia instaurado investigação administrativa contra o suspeito de homicídio e o afastado das funções policiais  - Foto: Fabiane de Paula

Homicídio foi cometido por outro policial militar, preso em flagrante, após uma briga em uma festa, no Município de Camocim

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) investiga 11 policiais militares por omissão no assassinato de um jovem de 19 anos, cometido por outro PM, dentro da Delegacia Regional de Camocim, na Região Norte do Ceará. O homicídio ocorreu após uma briga em uma festa, em fevereiro deste ano.

Uma portaria, publicada pela CGD no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (6), acrescentou o nome de três soldados da Polícia Militar do Ceará (PMCE) na Sindicância Administrativa que já continha outros 8 PMs - um tenente, dois subtenentes, um sargento, um cabo e três soldados.

Conforme o documento, o aditamento dos militares na investigação visa "averiguar se houve omissão, negligência, conivência, prevaricação ou outra conduta por parte dos mesmos", no assassinato de Matheus Silva Cruz.

O jovem de 19 anos e o soldado PM George Tarick de Vasconcelos Ferreira brigaram em uma festa em Camocim e foram levados à Delegacia Regional de Camocim, na madrugada de 6 de fevereiro último. Mesmo dentro de uma unidade da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), o policial militar sacou uma arma de fogo e disparou contra a vítima, que morreu no local.

Após os tiros, George Tarick entregou a arma aos outros policiais e se rendeu. A prisão em flagrante do policial foi convertida em prisão preventiva, em audiência de custódia realizada pela Justiça Estadual. A CGD já havia instaurado investigação administrativa contra o suspeito de homicídio e o afastado das funções policiais.

Legenda: O jovem Matheus Silva Cruz tinha 19 anos e residia em Camocim - Foto: Reprodução

ONDE ESTAVAM OS PMS INVESTIGADOS

A portaria da Controladoria Geral de Disciplina individualizou a conduta e a posição de alguns dos policiais militares investigados por omissão no assassinato do jovem Matheus Cruz. Segundo testemunhas, após a briga na festa, um tenente e um soldado da Polícia Militar agrediram fisicamente um amigo de Matheus, que correu do local até a Praça do Coreto.

Porém, ao chegar na Praça, o jovem foi detido por três soldados PMs que estavam de folga, agredido e colocado dentro de uma viatura policial, junto do amigo, para serem levados à Delegacia.

Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o policial militar George Tarick e o jovem Matheus Cruz estavam sentados num banco de um corredor externo da Delegacia, aguardando atendimento, quando o policial sacou a pistola funcional e cometeu o crime.

OUTRAS INVESTIGAÇÕES ABERTAS PELA CGD

A Controladoria Geral de Disciplina também publicou, no DOE da última terça-feira (6), a abertura de investigações administrativas contra mais 8 policiais (sendo 2 PMs, 2 policiais civis e 4, penais).

Confira o motivo das apurações administrativas:

  • Um soldado PM é investigado na CGD por suspeita de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) de outro PM, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, em janeiro deste ano;
  • Outro soldado PM é suspeito de agredir a própria esposa, na Maraponga, também na Capital, também em janeiro último;
  • Um inspetor da Polícia Civil é suspeito de tentativa de homicídio contra uma ex-companheira, em Fortaleza, em outubro de 2020;
  • Um policial penal é investigado na CGD por faltar aos plantões, por três meses seguidos, em um presídio cearense, neste ano;
  • Outro policial penal é suspeito de autorizar a entrada em um presídio de um advogado que havia levantado a suspeita de uma colega de trabalho, em novembro de 2020;
  • Dois policiais penais foram denunciados, na Controladoria, por atirarem contra um veículo suspeito, na BR-116, em outubro do ano passado;
  • E uma inspetora da Polícia Civil teria se negado a realizar trabalhos, na Delegacia Municipal de Granja, entre os anos de 2019 e 2020.

Escrito por Messias Borges/Diário do Nordeste

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