Família que vivia em barraco ganha casa sustentável construída por alunos do ensino médio, em Juazeiro do Norte.
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| Interior da casa sustentável construída por estudantes para família que vivia em barraco. Casa projetada por alunos do ensino médio para família vulnerável no Cariri. — Foto: Reprodução |
Professor, alunos e voluntários construíram lar para 4 pessoas em Juazeiro do Norte.
Uma família de Juazeiro do Norte, no interior do estado, recebeu uma casa sustentável construída por alunos de uma escola pública do município. O projeto de construção foi idealizado pelo professor de Geografia, Luiz Claudio Vieira, da escola de ensino médio Governador Adauto Bezerra. Ele propôs para a turma que estava no 2º ano do ensino médio em 2021, construir a casa com as próprias mãos e agora a obra foi finalizada.
A casa de pau-a-pique, técnica de construção do período colonial, popular entre indígenas e africanos, é feita com matéria-prima local, como barro, pedra e madeira. Uma obra sustentável. Os materiais de baixo custo foram coletados na própria localidade, Bairro Campo Alegre, em Juazeiro do Norte. Também foram doados restos de obras, bambus e paletes.
Na casa vão morar a recicladora Ana Maria da Silva e mais 3 pessoas. Eles viviam em um barraco no mesmo local onde a casa foi construída.
“Eu tô muito feliz, não tenho nem palavras. Só tenho a agradecer a eles e aos alunos. Ninguém agora vai me colocar pra fora de casa! É minha!”
O projeto foi pensado durante a pandemia quando os alunos estavam estudando o índice de desenvolvimento humano (IDH). Eles compreenderam as dificuldades que muitas pessoas enfrentam, como problemas com habitação e moradias precárias. A partir disso pensaram numa obra que pudesse causar baixo impacto na natureza.
“A pandemia trouxe uma grande crise econômica e sanitária. Nas discussões saiu a ideia de construir a casa.”, diz o professor.
Os alunos participaram de todas as etapas da obra e a construção foi finalizada em 8 meses.
“Estamos aqui ajudando uma família que precisa, hoje eu posso falar pras outras pessoas que eu convivi e pude transformar uma vida melhor!”, finaliza a estudante Ana Clara Silva.
Por Claudiana Mourato, g1 CE
