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Com 150 propostas de adoção, cadela de assaltante vai ganhar novo lar

Com 150 propostas de adoção, cadela de assaltante vai ganhar novo lar

Clarissa Huguet, inspetora da Polícia Civil, e a cachorra Macarena durante reencontro — Foto: Reprodução/ Subsecretaria Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal

Funcionários da Subsecretaria Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal realizam entrevistas para a seleção da família. Cadela se reencontrou com inspetora da Polícia Civil que chegou a morder.

A cachorra Macarena, que foi apreendida após a prisão de um homem que, segundo a Polícia Civil, a usava para cometer crimes e para ameaçar pessoas, deve ganhar um lar na semana que vem. O animal conta com cerca de 150 candidatos dispostos a ficar com ela, segundo a Subsecretaria Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal.

Os funcionários já trabalham na seleção da nova família da cachorrinha, que acontece por meio de entrevistas. Segundo o subsecretário estadual de Agricultura, já existe um tutor em potencial que, até o momento, chamou a atenção dos profissionais.

"A subsecretária Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal, conta com uma equipe especializada em adoção que faz as entrevistas com os interessados, conversa com a pessoa, explica sobre raça, cuidados que devem ter durante o longo da vida, para que a cadela ganhe um lar seguro e com muito amor. Acreditamos que até a próxima semana a Macarena já esteja em seu novo lar, pois já temos um adotante em vista", afirmou Leonardo Pinto.

Passear está entre as atividades favoritas da cachorra Macarena — Foto: Reprodução/ Subsecretaria Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal

Enquanto não ganha um novo lar, Macarena segue em um lar temporário, bastante adaptada com a vida doméstica, segundo a subsecretaria. Uivou bastante no primeiro dia, mas logo se acostumou com o novo lugar.

Come e bebe bem, tem comportamento dócil e gosta de passear, como a maioria dos cães.

Reencontro (sem mordida)

Entre as novidades dos últimos dias está o reencontro com a inspetora Clarissa Huguet, da Polícia Civil. As duas voltaram a se encontrar e tiveram um contato amistoso, mostrando que o animal é calmo.

A policial foi vítima do homem que usava Macarena para cometer crimes. Ela, inclusive, levou uma mordida da cachorra. A policial também foi uma das vítimas que o denunciaram e trabalharam para a prisão.

"A princípio, eu deixei ela me cheirar, mas logo estava abraçando ela, dando um monte de beijos e até brinquei que ela nem lembrava que tinha mordido minha perna", contou Clarissa.

Mostrando que a primeira impressão nem sempre é a que fica, as duas, aparentemente, ficaram amigas. A inspetora destacou que a nova vida de Macarena é fruto de um trabalho integrado entre a Polícia Civil e a Subsecretaria Estadual de Proteção e Bem-Estar Animal.

"Ela vai ficar feliz agora, ela vai ser bem cuidada, por mais que aquele homem gostasse dela, ela vivia em risco. Risco constante. Então esse encontro que tinha que acontecer para um desfecho tão positivo dessa história", disse Clarissa.

A cadela Macarena era usada por homem para cometer crimes na Zona Sul do Rio de Janeiro. — Foto: Reprodução/ TV Globo

O caso

Macarena foi retirada do antigo dono após a prisão dele. De acordo com as investigações, Allan Kardec Arêas Santos, de 42 anos, é sem-teto e ficava sempre pelas calçadas de vários bairros, principalmente Jardim Botânico, Ipanema e Leblon. Ele usava a cadela para roubar e atacar pessoas. Pelo menos cinco pessoas foram vítimas, entre elas a inspetora Clarissa.

Allan tem 15 passagens pela polícia e estava foragido pelo crime de roubo.

De acordo com a Polícia Civil, Allan Kardec Areas Santos usava uma cadela para atacar vítimas de assalto — Foto: Reprodução/ TV Globo

“Eu estava na praia, no dia 18 de junho, com o meu cachorro. Ele colocou a guia dele no meu cão e saiu arrastando. Eu fui avisar, saí correndo atrás. Ele tinha uma pastora do lado. Eu disse: ‘Devolve o meu cachorro, você está levando o meu cachorro’. Eu tentei pegar o Scooby [nome do cão da policial], ele tentou me impedir e, quando eu vi, a cadela estava mordendo a minha perna", relatou Clarissa.

O caso é investigado pela 14ª DP (Leblon). O homem vai responder pelo crime de roubo impróprio, que é quando se usa um instrumento, no caso um animal, para conseguir aterrorizar a vítima.

“A cachorra é dócil e, embora dócil, fiel ao dono. Ele mandava as ordens e ela obedecia. Nesse tempo, ela fez cinco vítimas. Eu peço que as pessoas que foram vítimas desse homem, que venham até a delegacia e façam o registro para que a gente possa mantê-lo preso”, disse a delegada Daniela Terra.

Por Cristina Boeckel, g1 Rio


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