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Mães protestam contra falta de medicamentos para crianças com deficiência em Barbalha

Mães protestam contra falta de medicamentos para crianças com deficiência em Barbalha

Segundo grupo de mães, decisão judicial obriga Secretaria de Saúde do Município a fornecer os medicamentos e insumos gratuitamente e sem atrasos (Foto: Guilherme Carvalho/CBN CARIRI)

Atraso no fornecimentos de remédios de alto custo e insumos farmacêuticos chega a mais de três meses em alguns casos, segundo as mães que participaram da manifestação.

Um grupo de mães de crianças e adolescentes com deficiência protestou nesta terça-feira, 12, em Barbalha, na região do Cariri, contra o atraso no fornecimento de medicamentos de alto custo e insumos farmacêuticos pela Secretaria de Saúde do Município (SMS). O ato foi realizado na Praça Filgueira Sampaio, em frente à Farmácia Central, e se estendeu por toda a manhã.

De acordo com as mães, a demora na entrega da medicação chega a mais de três meses em alguns casos. Além disso, elas reclamam da falta de materiais básicos utilizados no tratamento das crianças, como fraldas e seringas. Ainda segundo as mães, ao menos 20 pacientes são afetados pelo problema.

Mikaele Batista, mãe de uma criança de 11 anos que tem paralisia cerebral, diz que além de afetar a rotina e as finanças das famílias, a demora na entrega dos insumos e medicamentos desrespeita uma determinação judicial. Segundo ela, a medida obriga a SMS a garantir o suprimento dos materiais.

“As fraldas descartáveis devem ser fornecidas obrigatoriamente por conta dessa ordem da Justiça, mas mesmo assim, elas passam de dois a três meses em falta. [A Secretaria] Nunca fixa uma data [para a entrega], sempre diz que está em falta ou que está para chegar, e nunca tem. É complicado, porque as crianças necessitam desse suporte ininterruptamente, então quando falta, temos que correr atrás e custear as compras”, reclama Mikaele.

Também afetada pelo atraso, Jéssica dos Santos, mãe de uma garota de 6 anos que tem síndrome congênita do Zika vírus, afirma que o problema não é recente. “Essa situação se estende por muito tempo, desde a gestão passada. Esta gestão atual prometeu melhoras, se reuniu com todas as mães e até agora não cumpriu aquilo que prometeu. É uma situação angustiante e muito preocupante porque tem mães aqui que estão desde janeiro sem receber nada”, lamentou.

Por causa do tratamento da filha, Jéssica não pode se dedicar a um emprego formal. Segundo ela, a única fonte de renda da família é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), equivalente a um salário mínimo, “Esse valor, nem de longe, é suficiente para eu arcar com os insumos e medicamentos que atrasam. O que a gente precisa é que a Secretaria cumpra a ordem judicial e entregue as coisas no prazo certo”, concluiu.

A Secretaria Municipal de Saúde de Barbalha foi procurada pela reportagem para se manifestar sobre as reclamações das mães, mas não havia emitido resposta até a publicação desta matéria. O pronunciamento será publicado tão logo seja enviado.

Com informações do repórter Guilherme Carvalho, da rádio CBN CARIRI/Autor Luciano Cesário

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