63% dos homicídios ano passado em Juazeiro foram contra jovens
 |
| Com apenas 15 anos, Gabriel Henrique foi o mais jovem assassinado ano passado em Juazeiro (Foto: Reprodução) |
56 jovens com idades entre 18 e 30 anos foram mortos, sendo que a maioria tem a ver diretamente com o uso ou tráfico de drogas.
Um levantamento exclusivo feito pelo Site Miséria revela que 54,36% das 103 pessoas assassinadas no decorrer do ano passado em Juazeiro do Norte eram jovens com idades entre 18 e 30 anos ou uma queda relativa e percentual na comparação com 2020. Nessa faixa etária, 56 garotos tombaram mortos contra 80 em 2020 ou 58,3% das pessoas mortas naquele ano, sendo que a maioria tem a ver diretamente com o uso ou tráfico de drogas.
Outros estavam presentes no mundo do crime com furtos, roubos, lesões ou homicídios e, nestes casos, sugere vingança ou acerto de contas. A estatística mostra ainda que nove adolescentes – dois a mais que o ano anterior – foram mortos em 2021 no Juazeiro representando 8.7% ou, percentualmente, mais que os 5% de 2020. Enquanto isso 27 pessoas ou 26,2% se situavam na faixa entre 31 e 50 anos com 15 a menos que as 42 (30,65%) pessoas assassinadas em 2020 com essa idade.
Já com idades superiores a 50 anos onze pessoas ou 10,67% tombaram mortas ou três a mais que as oito de 2020 – cujo percentual foi de 5,8%. O mais idoso no ano passado foi morto no dia 10 de dezembro no caso João D’Arc de Arimatéia, de 87 anos, que residia na Rua Maria Neuma de Souza Araújo (Pedrinhas). Ele foi morto a tiros dentro de sua casa por um homem que chegou a pé ao imóvel o qual adentrou e já foi atirando. Familiares disseram que o crime pode ter motivo na disputa por um terreno.
Enquanto isso o mais novo tinha 15 anos. No dia 10 de novembro Gabriel Henrique Teles Ferreira, que residia na Rua José de Alencar (Romeirão), foi morto a tiros quando seguia para casa pela Rua Odílio Figueiredo (João Cabral). Ele não tinha passagens pela polícia e ainda foi socorrido ao Hospital Regional do Cariri, porém morreu na sala de reanimação.
Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria
