Já na cadeia de Juazeiro mais um envolvido na morte do prefeito de Granjeiro
Wylliano foi preso no final da madrugada desta quinta-feira em Crato (Reprodução) |
Ele foi preso por policiais civis na madrugada desta quinta-feira em uma
casa no Crato.
A sexta pessoa presa como suspeita de envolvimento no assassinato do
prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, o “João do Povo”,
trocou a carceragem da Polícia Civil de Crato pela cadeia pública de
Juazeiro do Norte. Wylliano Ferreira da Silva, de 30 anos, foi preso por
policiais civis em cumprimento a um Mandado de Prisão Temporária na
madrugada desta quinta-feira numa casa no bairro Muriti em Crato.
Ele já possuía passagens por crime de receptação e, ainda ontem, foi ouvido
pelo Delegado Regional de Polícia Civil de Crato, Luiz Eduardo da Costa
Santos. O conteúdo do depoimento não foi informado para a imprensa já que o
procedimento tramita em segredo de justiça. As investigações em torno da
morte do prefeito de Granjeiro estão sendo desenvolvidas pelo Departamento
de Polícia Judiciária do Interior Sul por meio das delegacias de Crato e de
Juazeiro. Seis pessoas ligadas direta e indiretamente na ação criminosa
foram presas ou tiveram medidas cautelares cumpridas.
Dois veículos utilizados no crime foram apreendidos ao longo da
investigação e o ex-prefeito, Vicente Tomé, pai do atual gestor Ticiano
Tomé, segue usando tornozeleira eletrônica. Agora, de uma maneira mais
restritiva em prisão domiciliar. Nas diligências de ontem, a Polícia de
Crato descobriu que a casa onde o quarteto estava era usada como apoio para
os envolvidos no delito. Eles são suspeitos de integrar uma organização
criminosa do Cariri.
Segundo os levantamentos iniciais, alugam veículos em locadoras para serem
utilizados em ações criminosas e, depois, não os devolvem por venderem a
pessoas residentes em sítios, onde não existe fiscalização. Eles teriam
vindo ao Cariri trazer outro carro alugado e não tinham a intenção de
devolvê-lo, mas este não foi localizado. Wylliano responde procedimentos por
organização criminosa e contra a paz pública na Comarca de Eusébio,
receptação em Fortaleza e outros na Comarca de Serrita (PE).
CRONOLOGIA – No dia 9 de janeiro, a Polícia Civil apresentou detalhes do caso e divulgou a identidade de um dos investigados. O Poder Judiciário determinou que Vicente Félix de Souza, de 60, o Vicente Tomé, fosse tornozelado como medida cautelar. No mesmo dia, um segundo veículo no caso uma Chevrolet S10, de propriedade de um parente de Vicente, foi apreendido a exemplo de celulares em endereços de Vicente para serem submetidos à análise pericial.
Ainda em janeiro, nos dias 16 e 28, em ações realizadas no Piauí e
Maranhão, a Polícia Civil prendeu outros três homens que teriam ligação com
o veículo – um Volkswagen Polo –, também apreendido, utilizado na morte do
prefeito.
Já no último dia 03 de março, José Plácido da Cunha (53) foi capturado em
uma residência situada no bairro Cidade Nova, em Maracanaú. A prisão ocorreu
por força de um mandado de prisão temporária em razão de ameaças realizadas
pelo suspeito a testemunhas do caso, além de outros indícios de autoria
delitiva do crime.
No dia 19 de abril a polícia prendeu o jovem Thyago Gutthyerre Pereira
Alves, de 31 anos, apontado como executor do prefeito. A prisão aconteceu no
estado da Paraíba e o mesmo foi recambiado ao Cariri já tendo sido ouvido em
duas oportunidades e sempre negando envolvimento no crime.
Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria