Defesa de “Keko Jóias” nega acusações de ter dopado e espancado Sabrina
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| De acordo com os advogados não existem comprovações das mencionadas agressões praticadas pelo vendedor. Keko Borges foi denunciado por sua ex-companheira Sabrina Barbosa de tê-la espancado (Reprodução/Redes sociais) |
A redação do Site Miséria recebeu nota assinada pelos advogados Victor Duarte Jorge Bezerra e Antonio Macêdo Coelho Neto à propósito de matéria aqui veiculada na qual a jovem Sabrina Barbosa de Almeida, de 27 anos, denúncia o ex-companheiro e também vendedor de joias Waldex Machado Herbster, o “Keko”. Em depoimento prestado à Delegada Municipal de Caririaçu, Vanini Galiza, ela reafirmou ter sido dopada e espancada por ele e ainda estava recebendo ameaças.
A nota traz o título considerando “informações falsas” e defende ainda das acusações de ameaças os pais deles Waldex Ferrer Herbster e Maria José Borges Machado Herbster. De acordo com os advogados não existem comprovações das mencionadas agressões praticadas por “Keko” já que não foi apresentado Exame de Corpo de Delito. Ainda conforme a nota, apenas vídeos nos quais os dois “estão completamente insanos em razão de dependência química (drogas e bebidas)”.
Cita mais que o vídeo foi postado pela própria Sabrina e não pelo Keko o qual encontra-se internado numa clínica para dependentes químicos no Rio Grande do Norte desde o dia 1º de março não tendo acesso ao seu telefone. Sobre as ameaças ditas à delegada de Caririaçu que lhe eram feitas pelo pai do vendedor no caso Waldex Ferrer, os advogados mencionam “não existir qualquer comprovação idônea para dar cabimento à tamanha inverdade”.
Segundo a nota, as acusações teriam por motivo o fato de Sabrina ter buscado a obtenção de “vantagens indevidas” junto aos pais do ex-companheiro. O documento encaminhado a esse portal de notícias, cita que o casal viveu junto por 12 anos quando foi morar no Rio Grande do Norte num imóvel pertencente aos pais de Keko. Este passou por reformas “às expensas do Sr. Waldex Machado Herbster (Keko) e a sua esposa Sabrina, pois ali trabalhavam e tinham como residência o imóvel cedido”.
Mais à frente, a nota faz menções ao fato de Sabrina ter cobrado junto aos pais de Keko valores gastos na residência. “Como não obteve êxito, resolveu chantageá-los com o vídeo que tivera sido gravado supostamente pelo seu esposo, ambos em uma situação íntima, apesar de expor a mídia que tivera sido dopada e agredida por ele, sem qualquer lastro probatório mínimo que subsidiasse tal informação”. No dia do alegado – prossegue a nota – estavam no supermercado comprando vinhos e queijos para levar ao chalé no qual se hospedariam no período do carnaval.
Os advogados prometeram ainda apresentar as devidas comprovações “em momento oportuno” reunindo prova testemunhal “de quem viu o casal de bem e se preparando para curtir o carnaval”. Mais à frente cita: “Não é possível que alguém sendo sequestrada, vá comprar vinhos e queijos com o seu sequestrador”. Por fim, a defesa dos acusados garante não comungar com qualquer tipo de violência doméstica. Todavia, refuta o que considera “acusações infundadas”.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Assessoria Jurídica de Sabrina de Almeida Herbster vem manifestar o seu repúdio à nota divulgada pela Assessoria Jurídica de Waldex Ferrer Herbster, Waldex Machado Herbster e Maria José Borges Machado, bem como esclarecer alguns fatos apontados na referida nota.
Em 22 de fevereiro do corrente ano, um dia após a gravação dos vídeos por Waldex Machado (Keko), Sabrina registrou Boletim de Ocorrência, solicitando medidas protetivas e requerendo a realização do Exame de Corpo de Delito, o que está documentado no BO nº 019904/2020. No dia em que registrou o BO, Sabrina foi informada de que a unidade responsável pela realização do Exame de Corpo de Delito estava fechada, de modo que o exame não poderia ser realizado na ocasião. A Assessoria de Sabrina está apurando, juntamente com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, os fatos relacionados à não realização do exame.
Cabe ressaltar que, em 23 de fevereiro de 2020, o Juiz em Plantão na central de flagrantes de Natal/RN, concedeu medidas protetivas de urgência à Sabrina, proibindo Waldex Machado Herbster de manter qualquer tipo de contato com esta, a qual somente chegou ao ao conhecimento de Sabrina e sua Assessoria Jurídica no dia 12 de maio de 2020.
Quanto à postagem dos vídeos, Sabrina, em seu depoimento perante a Polícia Civil do Estado do Ceará, declarou que divulgou os vídeos para que as pessoas de Caririaçu/CE soubessem quem seria o responsável, caso algo pior acontecesse com ela. Cumpre pontuar, ainda, que Sabrina não poderia chantagear os sogros com os vídeos, porque foi o próprio Waldex Machado (Keko) que os gravou, chegando a enviá-los, inclusive, para o seu pai em tempo real.
Já no que concerne às ameaças feitas por Waldex Ferrer à Sabrina, é necessário esclarecer que as medidas protetivas de urgência requeridas no dia 07 de maio de 2020 foram concedidas pelo Juiz de 1º instância do Ceará no dia seguinte. A polícia já está com todos os elementos informativos e o fato segue em investigação.
Ademais, foi exposto que Sabrina pretendia obter vantagem indevida e passou a chantagear os sogros, o que não condiz com a realidade dos fatos. Sabrina e Waldex Machado (Keko) residiam em Natal, em uma casa que, até então, os sogros haviam dito ser deles. Então, Sabrina e Waldex Machado (Keko) realizaram diversas reformas na casa, todas essas acompanhadas por Maria José, mãe do investigado.
Além disso, Sabrina havia comprado três terrenos ao seu sogro, Waldex Ferrer e entrou em contato com este para saber da transferência da documentação do terreno. Assim, quanto às reformas que realizou no imóvel, reclamou apenas a devida indenização relativas às benfeitorias úteis e necessárias realizadas, direito este que é assegurado pelo artigo 1.219, do Código Civil.
Sabrina está sendo terrivelmente atacada pela população e pela mídia, em razão das acusações feitas por Maria José, a qual alegou que Sabrina é usuária de drogas. Esta acusação é muito séria e fere profundamente a honra da vítima. Portanto, será feita uma representação formal para averiguar a difamação, uma vez que Sabrina nunca fez uso de drogas ilícitas.
Pelo contrário, há dez anos luta, juntamente com a família de Waldex Machado (Keko), para afastá-lo da dependência química, sendo Sabrina a responsável, diversas vezes, por interná-lo em clínicas de reabilitação e acompanhá-lo nos tratamentos, o que é de conhecimento de toda a família de Keko.
Neste momento tão difícil, a família do investigado, convenientemente, esquece quem esteve na luta com eles para salvá-lo do vício. Além disso, busca justificar a violência sofrida pela vítima, com o intuito de humilhá-la e alimentar o ciclo da violência pelo qual diversas outras mulheres também passam e sofrem para se verem livres disso, assim como Sabrina.
Por fim, todos os elementos informativos serão apresentados à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, bem como serão realizados os procedimentos cabíveis perante o Juizado Especial Criminal do Ceará, a fim de que a justiça seja feita.
Caririaçu/CE, 13 de maio de 2020.
MARIA VALDIZIA LIMA BERNARDINO
OAB/CE nº 37.902
MARIA CLARA FERNANDES SILVA
OAB/RN nº 18.294
JULIA NUNES SANTOS
OAB/AL 13.486
Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria
