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Crato registra 10 vezes mais casos de dengue em comparação a Juazeiro, que tem o dobro da população

Crato registra 10 vezes mais casos de dengue em comparação a Juazeiro, que tem o dobro da população

Foto: Honório Barbosa
As cidades Barbalha, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, que juntos somam mais de meio milhão de habitantes, até o último mês de abril, já registravam 923 casos da doença.

O município do Crato, no Sul do Estado, já registrou, neste ano,  638 casos de dengue. O número é 10 vezes maior se comaprado aos casos de Juazeiro do Norte, cidade vizinha que conta com o dobro de habitantes (270 mil).

Na Terra do Padre Cícero, são 62 casos da doença. Brejo Santo e Barbalha, somam, respectivamente, 113 e 110 casos. Nesta última cidade, uma morte já foi registrada em decorrência da doença. Diante dos altos números, o poder público tem adotado medidas de prevenção.

A Secretaria da Saúde do Crato tem intensificado as ações de combate às arboviroses. Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde do Município, Arlene Sampaio, a equipe de campo foi ampliada de 74 para 102 pessoas.

“As visitas estão acontecendo em terrenos baldios, realizando tratamento de focos, atividades educativas”, exemplifica.  

Por causa da pandemia da Covid-19, o trabalho tem sido adaptado, pois, o Ministério da Saúde orienta que os agentes de endemias não trabalhem na parte de dentro dos imóveis. “Estamos estimulando o autocuidado, pedindo para que cada morador vistorie sua casa”, enfatiza.

O Município recebeu três ciclos de fumacê para quebra de transmissão. “É preciso que a população não jogue lixo em terrenos e vias públicas, respeite o horário de coleta para que evite a formação de criadouros. Cada um deve fazer sua parte”, enfatizou Arlene.
  • Monitoramento
Apesar de ser o maior município da região e também do interior do Estado, com 270 mil habitantes, Juazeiro do Norte registra poucos casos de dengue. 

O resultado positivo se dá também por um trabalho inovador implantado em junho do ano passado: o Sistema de Monitoramento Integrado do Aedes aegypt (MI- Aedes), implantado de forma pioneira no Ceará. 

O trabalho consiste em gerar relatórios de infestação do mosquito, permitindo localizar os pontos de maior incidência e quais vírus ele carrega através de sua captura, nas chamadas Mosquitraps. São 570 armadilhas espalhadas por pelo território do município que captura o mosquito adulto através do atraente sintético de oviposição (AtrAedes).

Depois disso, os aedes são enviados para uma análise viral através da técnica de biologia molecular chamada PCR, que cria várias cópias de segmentos específicos de DNA e permite o diagnóstico viral, detectando a presença dos vírus da Dengue (sorotipos 1, 2, 3 ou 4), Zika e Chikungunya.   

Para obter o geoprocessamento e índices de infestação, a vistoria nas armadilhas é realizada, semanalmente, por um agente de endemias que utiliza um aplicativo em um dispositivo móvel. O resultado gera mapas, gráficos e tabelas. Este trabalho permite ter o controle além da fase lavária.  

O MI-Aedes também permite trabalhar de forma prioritária nos locais onde há maior concentração dos mosquitos. Antes, por exemplo, iniciava um ciclo prevenção de casa em casa, entre 45 a 60 dias. Após trabalhar em todos os imóveis, o agente volta ao primeiro.   


Reportagem de Antonio Rodrigues/Diário do Nordeste

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