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Orós atinge seu maior volume nos últimos 40 meses com 23,24% da capacidade

Orós atinge seu maior volume nos últimos 40 meses com 23,24% da capacidade

Ele é o segundo maior do Estado. Foto: Honório Barbosa
O açude do Orós, segundo maior do Estado, atingiu 23,24% da capacidade, melhor volume atingido nos últimos 40 meses. Com capacidade para 1.940,00 hm³, em fevereiro deste ano ele ficou com apenas 4,72%, menor volume registrado nos últimos 16 anos. O reservatório é estratégico para abastecimento das cidades de Orós, Jaguaribe, Jaguaretama, Pereiro e dezenas de vilas e localidades rurais na região do médio Jaguaribe. 

No último relatório da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Orós teve um aporte de 19.484.000 m³. A recarga é fruto, principalmente, das chuvas na região do Cariri e no sertão dos Inhamuns, onde nasce o Rio Jaguaribe. De ontem (25) para hoje (26), a cota subiu de 189,18 para 189,50, ou seja, um aumento de 32 centímetros. Hoje, o reservatório alcança 450,834 milhões m³.

Em agosto de 2016, o reservatório chegou aos mesmos 23,24%. De lá para cá, sofreu uma queda considerável, tendo sua água direcionada, exclusivamente, para o consumo humano, diminuindo a produção agrícola na região. A última vez que o Orós sangrou foi em junho de 2011.  

Importância 

O açude Orós faz parte da história de construção de obras de açudagem no sertão nordestino para enfrentar os efeitos da seca que sempre foram permanentes ao longo da história. Construído em 1960 no leito do Rio Jaguaribe, o reservatório arrombou, foi refeito em seguida e inaugurado em 1961 pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek.  

Com capacidade máxima de 2 bilhões de metros cúbicos era o maior açude do Ceará, até a construção do Castanhão, inaugurado em 2004. Durante mais de 40 anos foi estratégico para reabastecer o médio e o baixo vale do Jaguaribe.  

Em 1993, mediante uma grave seca, o governo do Ceará construiu o Canal do Trabalhador e transferiu água do Orós para a Região Metropolitana de Fortaleza, salvando a capital de um grave colapso hídrico. Depois da conclusão do Castanhão, o açude passou a ser usado como uma reserva de água para casos emergenciais e manteve o reabastecimento do Médio Jaguaribe. 

Recarga 

O rio Cariús é o maior responsável pela recarga do açude Orós. Nascido em Santana do Cariri, na região do Vale dos Buritis, no sopé da Chapada do Araripe, o Cariús deságua rio Jaguaribe no município de Jucás, acima de Iguatu. Por isso, as chuvas em Nova Olinda e Farias Brito também são importantes para seu aporte. 

Nos quatro primeiros meses do ano, choveu acima da média em todos os municípios da sub-bacia do Cariús. Em Santana do Cariri, de janeiro a abril, choveu 1049,6 milímetros. Este número ultrapassa em 16,8% a média para o ano inteiro: 898,8 milímetros. De maneira similar, acontece em Nova Olinda, que acumulou 891,5 milímetros, 2,8% acima de sua média anual: 867,3 milímetros. Já Farias Brito, está próxima de superar sua média anual (955,3 mm), já acumulando 893,3 milímetros. 

Reportagem de Antônio Rodrigues/Diário do Nordeste

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