Justiça manda prender “Paulinho Ceará” acusado de matar casal em Crato

F5 Cariri quarta-feira, abril 01, 2020 1

“Paulinho Ceará” vai ficar na cadeia pública de Juazeiro à disposição da justiça. (Foto: Reprodução)

A justiça de Crato determinou a prisão do agropecuarista Paulo Roberto Cavalcante Sampaio, de 60 anos, o “Paulinho Ceará”. A justiça de Crato determinou a prisão do agropecuarista Paulo Roberto Cavalcante Sampaio, de 60 anos, o “Paulinho Ceará”, cujo mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta segunda-feira por policiais da 19ª Delegacia Regional de Polícia Civil daquele município. Na verdade, o mesmo se apresentou espontaneamente na DRPC acompanhando de um advogado e se dizendo acometido de doença degenerativa o que, em virtude da pandemia do coronavírus, pediu para ficar em prisão domiciliar.

Todavia, a justiça não o atendeu e “Paulinho” terminou recambiado à cadeia pública de Juazeiro do Norte. Ele e Daniel Benício Souza Filho são acusados do assassinato do advogado Manoel Ferreira Almino de Lima e da acadêmica de medicina Soraia Garcia Bezerra de Melo no dia 2 de janeiro de 1989 em Crato. Segundo a denúncia do Ministério Público, na madrugada daquele dia, as vítimas teriam sido executadas pelos dois e encontradas dentro do carro de Manoel Almino na periferia de Crato.

Para a promotoria de justiça, a motivação seria vingança já que, na noite da festa de réveillon de 1989, um dia antes do ocorrido, Manoel Almino, que estava numa comemoração no Granjeiro, brigou com um grupo de seis homens. Ainda de acordo com os autos, ao sair da festa na companhia de Soraia os dois teriam sido colocados dentro de outro carro e levados para as imediações do Tiro de Guerra do Crato, onde foram executados.

Manoel foi atingido por quatro tiros e Soraia por dois disparos fatais. No ano de 2009, o Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua em Fortaleza condenou “Paulinho Ceará”, a 20 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Pelo assassinato de Manoel Almino a condenação de sete, pois os jurados não reconheceram as qualificadoras, além de 13 anos pelo assassinato de Soraia quando o jurado manteve a qualificadora de motivo fútil.

Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria