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Carro usado em assassinato do prefeito de Granjeiro teve GPS retirado dias antes do crime, diz polícia

Carro usado em assassinato do prefeito de Granjeiro teve GPS retirado dias antes do crime, diz polícia

Carro utilizado na morte do prefeito de Granjeiro — Foto: Divulgação /André Costa
Suspeito detido com drogas no Maranhão é foragido da Penitenciária Industrial Regional do Cariri (Pirc).

O homem foragido da justiça cearense preso, na última segunda-feira (27), no Maranhão, durante as investigações sobre o assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, ficou com o veículo utilizado pelos suspeitos da morte do gestor por oito dias, antes da execução. Neste período, o GPS foi retirado do automóvel.

O carro Volkswagen Polo foi apreendido em uma revenda de veículos no último dia 16 de janeiro, em Teresina, no Piauí. O automóvel estava sem as placas originais. O proprietário do estabelecimento foi autuado em flagrante pelo crime de receptação. Um segundo suspeito também foi preso após atirar contra policiais ao tentar fugir.

O prefeito João Gregório, de 54 anos, foi assassinado a tiros enquanto caminhava na cidade do interior do Ceará em 24 de dezembro de 2019. Antes de se apreendido, o veículo estava sendo preparado para ser revendido. Duas pessoas foram presas na operação.

GPS retirado
De acordo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-Sul, Ricardo Pinheiro, as investigações policiais apontam que Carlos César Gonçalo Freitas, permaneceu com o veículo por oito dias e que retirou o GPS do veículo antes do automóvel se deslocar para Granjeiro.

"O carro que foi utilizado na execução do prefeito. Ele esteve em contato com o carro, e ele esteve de posse dele e retirou o GPS. E em seguida, o carro se deslocou para a prática do homicídio. Então tem o indício", afirmou.

Ainda segundo Ricardo, o próprio suspeito confessou, durante depoimento que permaneceu com o veículo por oito dias. "Conseguimos identificar uma pessoa foragida da cidade da cadeia de Juazeiro [Pirc] que se encontrava no Maranhão e ele teria efetivamente permanecido de posse do veículo por pelo menos oito dias. É o que ele confessa", explica.

"O que a gente consegue colocá-lo, efetivamente na posse do veículo, até aproximadamente dia 12 e 13 quando é retirado o equipamento GPS, na cidade em que ele mora [Barreirinha, no Maranhão]. A partir daí, ele passa uma versão para a polícia de que uma outra pessoa teria repassado para outra pessoa. O que a gente está apurando e até onde isso é verídico e essas informações é que preferimos manter em sigilo", completou.

Drogas e dinheiro em casa
Durante as investigações, o suspeito estava com quatro quilos de cocaína embalada e dinheiro. Dois veículos locados em outro estado também foram encontrados no imóvel. "Efetuamos a prisão dele. Ele estava de posse de cocaína e de outros dois veículos em condições semelhantes. Veículos locados de locadoras e que utilizavam para tráfico de drogas e armamentos", afirma Ricardo.

Na mesma ação policial no Maranhão, um segundo suspeito, natural do município maranhense de Barra do Corda, também foi preso na mesma propriedade onde Carlos foi encontrado. Os suspeitos foram levados para uma unidade da Polícia Civil do Maranhão para a lavratura do auto de prisão em flagrante. Os dois vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.

Suspeita de crime político
O prefeito de Granjeiro foi morto quando se exercitava próximo à parede do Açude do Junco na manhã da véspera de Natal. Ele estava com 54 anos. Um carro suspeito foi visto por moradores se aproximando do prefeito antes dos tiros serem ouvidos. Foram pelo menos três disparos, segundo as testemunhas.

O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, já declarou que a polícia tem provas que indicam uma desavença política como motivação para o crime. O atual prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé, e o pai dele, Vicente Félix de Souza, de 60 anos, são suspeitos de envolvimento no caso.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão dos dois, mas a justiça negou. Vicente Félix de Souza, contudo, foi alvo de uma operação e está com uma tornozeleira eletrônica e deve manter-se em área restrita do monitoramento. Por G1 CE

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