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Luiz Gonzaga é celebrado em cidades do Cariri cearense em memória aos 33 anos da morte do cantor

Luiz Gonzaga é celebrado em cidades do Cariri cearense em memória aos 33 anos da morte do cantor

Museu em Crato, no Ceará, resgata a história de Luiz Gonzaga. — Foto: Pedro Lucas Siebra

O Rei do Baião tem até um museu em sua homenagem na cidade do Crato. A noite desta segunda-feira conta com programação especial em Juazeiro do Norte.

Há 33 anos o Brasil perdia Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião. Luiz Gonzaga foi um dos mais célebres nordestinos a adentrar na música popular brasileira. No Cariri, a memória do músico permanece viva para muitas pessoas. Em Juazeiro do Norte, uma programação está sendo realizada nesta terça-feira (02) por grupos de sanfoneiros.

No início da noite, na paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Salesianos, vai ser realizada a procissão dos sanfoneiros. Às 19 horas, uma missa e em seguida um show em homenagem ao artista.

Memória viva

Área interna do museu que relembra a história de Luiz Gonzaga, em Crato, Ceará — Foto: Pedro Lucas Siebra

Luiz Gonzaga cantou e encantou o mundo com suas músicas. Muitas alegres e outras tristes, voltadas, em sua maioria, para o relato da vida no nordeste brasileiro no século XX. Foram cerca de 630 canções ao longo dos 60 anos de carreira.

No Crato, no distrito de Dom Quintino, há 7 anos um menino montou um museu para lembrar do Rei do Baião. A história de Pedro Lucas Siebra, correu o mundo. Inclusive a obra audiovisual "O menino que fez um museu", de direção de Sérgio Utsch, gravado no Crato em 2016, ganhou o prêmio principal em Londres, dado pela associação dos correspondentes estrangeiros.

Hoje com 17 anos, ele ainda mantém o lugar com recursos próprios. O museu encanta por sua simplicidade. A casinha de taipa de três cômodos que agora abriga o “Nordeste de Luiz Gonzaga” fica na Rua Alto da Antena a poucos metros da CE-386. O espaço hoje reúne cerca de 400 peças preservadas. De acordo com Pedro Lucas, tudo é uma representação do Rei do Baião e de suas músicas e também dos costumes do povo nordestino.

O jovem busca transmitir a riqueza cultural e a identidade da região, e também manter o legado do cantor.

“A memória de Luiz Gonzaga não pode e nem vai se acabar. Hoje eu vejo o legado dele como algo rico, tanto pros jovens quanto pros adultos”, diz.

Mesmo assim, ele afirma que não tem encontrado apoio no poder público para manter viva a memória do cantor.

“Hoje era pra ter um evento no museu. Mas infelizmente por falta de apoio, nós não conseguimos fazer uma programação. Íamos ter uma santa missa, shows de artistas locais, mas infelizmente não conseguimos fazer. Não recebemos nenhum apoio do poder público e nem de outra instituição”, conta Pedro Lucas.

Em 2020, o espaço foi revitalizado com apoio da Lei Aldir Blanc. Além da reforma, novos equipamentos foram adquiridos, o que colaborou para manter o local em funcionamento.

Antes da pandemia, as visitas no museu eram constantes, mas diminuíram. Mesmo assim, eles continuam com o espaço aberto e recebendo pessoas de todo o Brasil.

Nascido no dia 13 de dezembro de 1912, num povoado próximo a Exu, em Pernambucano, o jovem Luiz Gonzaga foi mais um dos milhares de retirantes nordestinos. Saiu em busca de uma vida melhor no sudeste do país. Em meados de 1926, entrou na vida que sonhava, de artista. Foi reconhecido como Rei do Baião em 1951, em São Paulo e eternizou esse estilo musical. Morreu em 02 de agosto de 1989, aos 76 anos, em Recife, Pernambuco.

Por Claudiana Mourato, g1 CE

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