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Com nova alta, Ceará pode ter preço médio de R$ 8,20 para a gasolina e R$ 8,50 para o diesel

Com nova alta, Ceará pode ter preço médio de R$ 8,20 para a gasolina e R$ 8,50 para o diesel

Legenda: Postos em Fortaleza já estão vendendo gasolina a R$ 7,99 - Foto: Fabiane de Paula

Perspectiva é de integrantes do Sindipostos-CE. Aumento passa a valer no sábado

Os combustíveis deverão ficar mais caros no Ceará, mais uma vez, e a expectativa do mercado é que esses valores reajustados fiquem acima dos repasses realizados pela Petrobras.

De acordo com Antônio José Costa, assessor econômico do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), o preço médio de revenda do litro da gasolina poderá chegar a um patamar entre R$ 8,15 e R$ 8,20, enquanto o diesel pode chegar a custar mais de R$ 8,50. 

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda da gasolina no Ceará é, atualmente de R$ 7,373. Para o diesel, o valor é de R$ 7,287. Os dados foram coletados na semana entre os dias 5 e 11 de junho.

A previsão está baseada no último reajuste aplicado pela Petrobras, nesta sexta-feira (17), de 5,18% para a gasolina e 14,26% para o diesel nas refinarias, somado aos impactos gerados por custos no mercado local, considerando o peso das distribuidoras de combustível no Ceará. Esse cenário, segundo o assessor econômico poderá gerar um aumento 3 pontos percentuais acima do indicado pela Petrobras.

COMO O SETOR CALCULA O REPASSE

"O revendedor é um repassador de custos, então a previsão é que os reajustes sejam repassados à medida que os estoques estejam acabando. Mas a gente tem de calcular quanto que a distribuidora vai passar para o posto, e muitas estão passando mais do que o reajuste da Petrobras. Eu estou vendo 5%, mas muitas tivera aumentos antes, então teremos pelo menos mais 2% a 3%", explicou Antônio José. 

"Eu acho que não passa muito disso na média, de R$ 8,15 e R$ 8,20, mas a concorrência faz baixar a margem de lucro e isso pode ser menor", completou. 

Sobre o novo repasse da Petrobras, o vice-presidente do Sindipostos, Vicente Ferreira, afirmou que será preciso esperar e ver, de fato, as condições de mercado de cada posto no Estado. Mas ressaltou que o preço de combustíveis importados pelas distribuidoras também terão um peso importante para confirmação dos valores que serão vistos nas bombas a partir da próxima semana. 

"São 5% na gasolina e quase 15% no diesel, mas as distribuidoras recebem cerca de 30% a 40% do combustível importado, devido à localização próxima aos Estados Unidos, e devem fazer um misto para recompor a margem deles. E eles já estavam dizendo terem um déficit de R$ 0,60. Então é difícil prever", afirmou Ferreira.

PESQUISA DE PREÇOS 

O vice-presidente do Sindipostos ainda destacou que como muitos postos ainda têm estoque de combustível pago com preço antigo, há uma grande chances do consumidor perceber preços muito variados nas próximas semanas, antes de uma estabilização. Para tentar mitigar o impacto no bolso, Ferreira recomendou que os consumidores façam uma pesquisa prévia para identificar os melhores preços. 

"Os preços estarão muito variados nos postos porque ainda temos algumas unidades com estoque, então vai valer muito para o consumidor, de fato, rodar e pesquisar os preços até que o preço se estabilize. Mas eu acredito que o preço irá passar, sim, facilmente dos R$ 8 para a gasolina", disse.

REDUÇÃO DO ICMS EM PAUTA

A preocupação dos empresários com o novo reajuste da Petrobras veio durante uma apresentação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, de autoria do deputado federal Danilo Forte (União Brasil), que pretende aplicar uma alíquota média no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para itens de primeira necessidade. 

A lista inclui a tributação de serviços de telefonia e comunicações, energia, combustíveis, e transporte coletivo, impondo um limite de alíquota máxima de 17% aos estados brasileiros. 

O parlamentar do União Brasil destacou que o Congresso não teria como controlar questões externas que vem afetando o mercado brasileiro de combustíveis como a guerra na Ucrânia ou questões como a política de preços da Petrobras,  "responsabilidade da empresa e do Governo Federal". 

"A gente precisa clareza sobre a questão do monopólio da Petrobras, mas o projeto não é só sobre combustíveis. Temos energia, e já devemos sentir na conta no próximo mês, que vamos desfazer o aumento que Enel deu no Ceará, com um desconto de mais 20% na conta; na telefonia celular teremos 10% a 12%, porque é uma conta direta; e nos postos estamos conversando com os empresários, porque está havendo uma redução do volume de vendas", explicou Danilo.

Escrito por Samuel Quintela/Diário do Nordeste

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