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Após 11 horas de julgamento, policial militar acusado de matar a tiros universitário cearense é absolvido

Após 11 horas de julgamento, policial militar acusado de matar a tiros universitário cearense é absolvido

Universitário foi morto após furar barreira da PM em Mossoró. — Foto: Reprodução/Facebook e Gilli Maia/g1

Estudante de 19 anos de Tauá, interior o Ceará, José Fernandes Castelo, morreu atingido por dois tiros disparados por policiais militares durante uma perseguição.

O policial militar acusado de matar um universitário durante uma perseguição policial foi absolvido após julgamento que durou onze horas, nesta segunda-feira (13), no Fórum Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. O julgamento iniciou por volta das 9h e terminou às 20h.

O estudante natural de Tauá, interior o Ceará, José Fernandes Castelo, 19 anos, aluno de Engenharia Civil, morreu atingido por dois tiros disparados por policiais militares durante uma perseguição. A abordagem policial aconteceu em 13 de abril de 2013, em Mossoró, onde a vítima estudava.

O policial militar era acusado de participar da abordagem que matou o universitário após a vítima desobedecido à ordem de parar numa blitz da Lei Seca que acontecia no Centro da cidade. A mãe do universitário, Socorro Noronha, esteve em Mossoró e afirmou antes do início do julgamento que desejava que a Justiça fosse feita.

"Meu coração pedia muito para vim para cá hoje. Na época eu falei para o meu filho. Era o aniversário do avô dele e pedi para ele voltar para casa na segunda-feira. Aí ele disse que estaria em casa na segunda, mas esse dia nunca chegou né? Eu queria que outras mães não passassem o que eu estou passando hoje", afirmou emocionada.

O promotor do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Armando Lúcio Ribeiro, afirmou que o órgão defendeu a tese de homicídio doloso do agente de segurança contra a vítima. "O que o Ministério Público tem sustentado a tese é de homicídio doloso contra o acusado que na verdade inicialmente causou um grande transtorno a cidade e a população em geral", disse.

Já o advogado de defesa do agente de segurança, Denys Tavares de Freitas, sustentou que o laudo da perícia não é conclusivo e que outros policiais realizaram disparos. "O laudo diz que pode ter sido a arma dele. Não é um laudo conclusivo. Então a gente da defesa não vai aceitar isso até porque outros policiais atiraram".

Ainda segundo as investigações, após não parar na blitz, o estudante teria fugido em seu veículo, e durante a fuga bateu em uma motocicleta e atropelou três pessoas.

O carro do estudante, de acordo com a polícia, só parou quando os agentes de segurança dispararam vários tiros. No carro foi encontrado um copo de bebida alcoólica, segundo peritos do Instituto Técnico Científico da Polícia Civil (Itep).

Após ser atingido, o universitário foi socorrido e encaminhado para o Hospital Tarcísio Maia. O jovem ficou ferido nas costas e no abdômen. Ele não não resistiu aos ferimentos e morreu.

'Acabou com nossa vida'

Socorro Noronha disse que a ação dos agentes acabou com a vida da família e que nunca mais "vão conseguir sorrir".

"Meu filho nós sempre fomos muitos presentes com ele. Então o que aconteceu acabou com a nossa família. Não acabou total porque nós temos outros filhos. Mas ele foi o primeiro filho. E a sua morte acontecer de uma forma dessa eles mataram um anjo mataram a nossa família. Nunca mais vamos conseguir sorrir. Hoje nós temos um amargo demais".

Já o pai Tairone Castelo afirmou que a Justiça seja feita para que o crime não fique impune.

"Após nove anos de espera e de sofrimento e de dor a gente espera que a comunidade de Mossoró corresponda fazendo Justiça a essa barbárie que não pode ficar impune".

Veículo em que o jovem estava teve os pneus e a traseira atingidos pelos tiros da PM — Foto: Gilli Maia
Por g1 CE



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