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Ponte para as mortes de Amarílio e Dedé em Juazeiro, Damião é considerado perigoso

Ponte para as mortes de Amarílio e Dedé em Juazeiro, Damião é considerado perigoso

Damião fugiu da cadeia pública de Milhã em dezembro de 2017 quando um Sargento PM foi morto (Foto: Arquivo/@f5cariri)

Ele morava no bairro Santa Tereza em Juazeiro e foi preso nesta terça-feira no município paulista de Jaguariúna

Durante entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira, na sede da Superintendência da Polícia Civil em Fortaleza, foram apresentados detalhes em relação à operação que resultou na prisão de Damião Érico Cavalcante Nicolau, de 35 anos, apelidado por “Damiãozinho”, “Gaspar”, “Vela” ou ainda “Gringo”. Ele morava no bairro Santa Tereza em Juazeiro e foi preso nesta terça-feira no município paulista de Jaguariúna e o mesmo ainda tentou corromper a polícia para ser liberado.

Damião era considerado foragido da justiça no Ceará e apontado pela polícia como homem de alta periculosidade. Contra ele, havia cinco mandados de prisões preventivas por homicídios, tráfico de drogas, assaltos e lesões corporais. O mesmo foi preso por policiais civis do Núcleo de Combate ao Tráfico de Drogas (NCTD) da Delegacia Regional de Juazeiro com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil de São Paulo.

Na casa onde estava os policiais apreenderam um revólver calibre 38, crack, cocaína, celulares, balança de precisão, cadernos com anotações pertinentes ao tráfico de drogas, um carro, uma moto e 140 Kg de insumos para fabricação e desdobramento de drogas. Quando esteve preso na Penitenciária de Juazeiro e necessitava ser levado ao Fórum, Damião era sempre bem escoltado por ser um homem marcado para morrer devido as inimizades no mundo do crime ou possível tentativa de resgate por comparsas.

Aliás, está foragido desde um resgate no dia 12 de dezembro de 2017 da cadeia pública de Milhã, cuja ação resultou na morte do Sargento Izaías dos Santos Lima, de 41 anos. O PM tentou evitar o resgate dos presos pelos criminosos encapuzados e empunhando armas longas de grosso calibre. O policial foi baleado na cabeça ao perseguir o grupo, que fugia num veículo Kadett na direção de Solonópole. Além de Damião, foram resgatados Adriana de Oliveira Cavalcante e João Eduardo Viana dos Santos, sendo que este último foi morto durante cerco policial.

Damião tem envolvimento no duplo homicídio praticado contra o vereador, Sargento, advogado e então secretário municipal, Amarílio Pequeno da Silva, de 52, e José Alves Bezerra, de 55 anos, o Dedé da Civil. Os crimes com tiros de pistola aconteceram na noite do dia 20 de setembro de 2011 na Praça do Giradouro em Juazeiro. Na época, Damião era detento da Penitenciária Industrial do Cariri (PIRC) de onde teria instrumentalizado a ação criminal mediante pagamento.

As vítimas faziam cooper na praça e o homem marcado para morrer era o vereador Amarílio Pequeno, enquanto o ex-policial civil, Dedé Bezerra, morreu ao tentar esboçar uma reação em defesa do amigo. De acordo com as investigações, Damião teria contratado Paulo Victor Lopes Monteiro, o “PV Galego” ou “Bebê”, que era homem da sua confiança. Já este contratou Jonatan Marcos de Oliveira, o “Tiago Pernambuco”, julgado no dia 18 de março de 2014 e condenado a 38 anos de prisão estando preso.

Paulo Victor foi condenado à revelia a 60 anos de prisão no dia 2 de junho de 2016 e segue recolhido à Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Num dos seus depoimentos, disse ter recebido R$ 10 mil e pagou R$ 2,5 mil a Tiago e igual valor a “Ramon” que respondeu pela entrega da pistola .40, apontou a vítima e garantiu a fuga ao executor. Ele confessou ter sido contratado por Damião desde a Penitenciária de Juazeiro.

Num primeiro momento, Paulo Victor foi preso no Ceará, mas fugiu e terminou recapturado em Maceió (AL) quando esteve envolvido num sequestro. Além disso, é acusado de assaltos a bancos e estabelecimentos comerciais em vários estados, extorsões, homicídios e associação criminosa. Da mesma forma, considerado de alta periculosidade e, até hoje, o segredo sobre quem tinha interesse no assassinato de Amarílio Pequeno paira entre Damião e Paulo Victor.

Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria

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