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Coronéis da PM viram réus na Justiça do Ceará por divulgação de 'fake news' sobre outro oficial

Coronéis da PM viram réus na Justiça do Ceará por divulgação de 'fake news' sobre outro oficial

Legenda: Três PMs foram denunciados por crimes de calúnia, difamação e injúria. - Foto: Kid Junior/SVM

Os dois coronéis e um subtenente da PMCE respondem pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. Os PMs negam o cometimento dos crimes.

Dois coronéis e um subtenente da Polícia Militar do Ceará (PMCE) viraram réus na Justiça Estadual pelos crimes de calúnia, difamação e injúria, por compartilharem "fake news" nas redes sociais sobre outro oficial da Corporação, que, no texto, era acusado de diversos crimes.

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra os coronéis da Reserva Remunerada (RR) Erick Oliveira Onofre e Silva e Carlos Alberto Loiola Lopes e o subtenente da ativa Djalma dos Santos (lotado no Batalhão de Polícia de Choque - BPChoque) foi aceita na íntegra pela Auditoria Militar do Ceará.

As "fake news" tinham como alvo o tenente-coronel Lucivando Rodrigues de Oliveira. A reportagem apurou que a vítima revelou à investigação que trabalhou com o coronel Erik Onofre em Juazeiro do Norte e, por não concordar com algumas atitudes do superior, requereu transferência para Iguatu. Desde então, ele acredita que virou um desafeto para o oficial da Reserva Remunerada.

Os três investigados teriam divulgado texto apócrifo e calunioso, em rede social, que citava que o tenente-coronel vítima se valia da patente de oficial da Polícia Militar para fins pessoais e abusava da função para cometer crimes, como envolvimento em grupos de extermínio, tráfico de drogas, ameaças e peculato.

O texto apócrifo que incriminava o tenente-coronel Lucivando Rodrigues foi postado em um grupo de WhatsApp na noite do dia 3 de agosto do ano passado. No dia seguinte, a vítima fez um Boletim de Ocorrência (BO) para denunciar as "fake news".

A defesa do coronel Erik Oliveira Onofre e Silva apresentou Resposta à Acusação, no processo, em que rebate que a denúncia do MPCE "não descreve claramente os fatos como realmente ocorreram, porquanto, a delatória inova com termos e expressões na contextualização de sua narrativa, como se o Cel Erik Onofre fosse o autor das imputações criminosas contra a pessoa do PM Lucivando Rodrigues, como se o fato tivesse sido propalado e ocorrido em ambiente público, bem assim, não indica e nem comprova que houve dolo por parte do denunciado Erik Oliveira Onofre e Silva, para concluir que cometeu crimes contra a honra do militar que se diz vítima".

Já a defesa do subtenente Djalma dos Santos alega que o cliente compartilhou o material "tão somente com o propósito de alertar os companheiros a fim de que esses se acautelassem no sentido de evitar que os fatos, no nível em que se mostravam, não respingassem em mais ninguém. Destaque-se que o ST PM Djalma não tem absolutamente nenhuma participação ativa na criação e divulgação do conteúdo".

A Defensoria Pública Geral do Ceará, que representa o coronel Carlos Alberto Loiola Lopes, justificou, por sua vez, que o cliente "além de ser primário, de bons antecedentes, possuir residência fixa e profissão definida, não se tem convicção da autoria do delito ao mesmo imputada. Acresça-se a isto ao fato de ter o acusado ficha funcional irreprensível".

Coronel não pode se aproximar de vítima e família

Além de aceitar a denúncia do MPCE, a Auditoria Militar do Ceará proferiu outras decisões no processo criminal. Entre elas, as proibições do coronel da Reserva Remunerada Erik Oliveira Onofre e Silva de se aproximar da residência e de manter contato com o tenente-coronel Lucivando Rodrigues de Oliveira e com os pais da vítima.

Conforme as investigações policiais, Erik Onofre entrou em contato com o superior de Lucivando Rodrigues e foi até a residência dos pais do mesmo, em Fortaleza, com o objetivo de impedir que o tenente-coronel desse andamento ao processo criminal.

A Auditoria Militar também acatou o pedido do Ministério Público de envio do processo à Delegacia Geral da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), para tomarem as medidas cabíveis e investigarem um delegado da Polícia Civil, que também é suspeito de participar do compartilhamento das "fake news" contra o tenente-coronel da Polícia Militar.

Escrito por Messias Borges/Diário do Nordeste

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