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Saiba como fruta típica do Cariri poderá ser usada como biocombustível nas indústrias do CE

Saiba como fruta típica do Cariri poderá ser usada como biocombustível nas indústrias do CE

Legenda: As pesquisas tiveram inicio em 2013 para 2014, e hoje o pedido de patente do produto já está sendo escrito. - Foto: Foto: Antonio Rodrigues

Pesquisa da UFC revela que biocombustível cearense, feito a partir do pequi, demonstra vantagens contra dificuldades encontradas pela indústria desse segmento.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) descobriu que a junção entre gastronomia e ciência dá muito certo. Os pesquisadores cearenses desenvolveram um biolubrificante a partir do Pequi, fruto bastante popular na gastronomia da região do Cariri e em outras partes do país

Feito a partir do óleo retirado da polpa da fruta, além de ser renovável - uma das maiores vantagens nos dias atuais - também apresenta baixa toxicidade e uma maior vida útil.

Essas características podem solucionar uma das maiores empecilhos da área de combustíveis, a oxidação de seus produtos. 

“Naturalmente, o óleo de pequi, extraído principalmente da polpa do fruto, possui substâncias antioxidantes, as quais podem atuar na redução do fenômeno de oxidação e, dessa maneira, aumentar a vida útil enquanto lubrificante”, explica a professora do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Nágila Ricardo a Agência UFC. “O óleo de pequi por si só pode superar esse entrave”, completa.

O produto em desenvolvimento pelo laboratório da universidade federal, também mostra vantagens quanto aos seus elevados índices de viscosidade. A temperatura - que quando muito baixa influencia diretamente no desempenho desse tipo de material- passa a não exercer essa influência no desenvolvido pela UFC.

“Eles também possuem melhor ação na redução do atrito e maior estabilidade ao cisalhamento, ou seja, não sofrem deformação com facilidade apesar das forças e/ou tensão mecânica aplicadas”, acrescenta a professora Nágila, sobre outra vantagem do produto cearense.

Legenda: Os estudos são desenvolvidos no Laboratório de Polímeros e Inovação de Materiais (LabPIM/UFC), em parceria com laboratórios do IFCE e UFRGS. - Foto: Divulgação

A ação pioneira em trabalhar com o fruto do pequizeiro, teve seus estudos iniciados entre 2013 e 2014, e já está tendo o seu pedido de patente escrito. No início da pesquisa, o intuito da investigação realizada pela doutora Tathilene Bezerra Mota Gomes Arruda, na época mestranda, era desenvolver um biodiesel e acabou tomando outro rumo.

Mercado

O novo biolubrificante está sendo trabalhado para utilização nos mercados de motores marítimos e automotivos, já reconhecidos na comercialização desse tipo de material.  

No entanto, devido a sua composição, os pesquisadores afirmam que ele também poderá ser utilizado em aplicações consideradas “mais finas”, como na biomedicina, cosmetologia e indústria de alimentos.

De acordo com a doutora Tathilene Arruda, que iniciou as pesquisas, a oferta renovável do lubrificante retirado do pequi é uma das condições que garantem a viabilidade econômica dele no mercado.

“A viabilidade da produção dos biolubrificantes pode ser comparada à do biodiesel, uma vez que ambos são materiais com características químicas e sínteses muito similares”, pontua.

O produto ainda está sendo investigado em novos aspectos, e passando por testes de eficácia, que o objetivo é ter um “portfólio de lubrificantes que fortifiquem o biolubrificante de pequi como uma alternativa segura, limpa e biodegradável e com características similares ou até mesmo superiores aos lubrificantes de base mineral”, finaliza Elano Ferreira, doutorando do programa de pós-graduação em Química.  .

Os estudos são desenvolvidos no Laboratório de Polímeros e Inovação de Materiais (LabPIM/UFC) e tem parcerias dos departamentos de Engenharia de Alimentos e de Engenharia de Transportes e de professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Fonte: Diário do Nordeste

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