Defesa de mulher presa suspeita de atear fogo durante voo em Juazeiro do Norte afirma que ela teve um surto
Foto: Divulgação/ @gedabliu | @jdoairport |
Com laudo médico em mãos, advogado de defesa da suspeita afirma que entrou com pedido de concessão de liberdade provisória na Justiça.
A Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher de 25 anos em Juazeiro do Norte, a 489,2 km de Fortaleza, após a passageira ameaçar a segurança de um voo vindo de Guarulhos, em São Paulo, ao atear fogo no cinto de segurança e em seu cabelo. O flagrante ocorreu na madrugada dessa terça-feira, 22, no momento do pouso da aeronave no município juazeirense. A defesa da suspeita afirma que ela teve um surto psiquiátrico.
Em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da Rádio CBN Cariri, o advogado de defesa Miran Basílio, disse que a mulher estaria há seis meses no estado de São Paulo com a filha de 5 anos e vivenciava uma crise em sua condição psicológica. Com a situação, os irmãos a enviaram para a sua cidade natal, Brejo Santo, município do interior cearense, para que recebesse tratamento clínico especializado.
Contudo, durante o voo de número 1562 da empresa aérea Gol, a mulher teria sido acometida por um surto psiquiátrico, que a levou a atear fogo no cinto de segurança da filha e no seu próprio cabelo, utilizando um isqueiro. A mulher teria ainda entrado em confronto com a aeromoça e com os demais passageiros.
A suspeita foi indiciada por crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo, conforme artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos.
O advogado Miran Basílio conta atualizações sobre o caso. “Já estou com todos os laudos que atestam o seu problema de saúde e estamos entrando com as medidas cabíveis jurídicas para que concedam a sua liberdade provisória e seja realizado o tratamento psiquiátrico devido”, disse.
Neste momento, a mulher está detida em uma cadeia pública feminina na cidade do Crato. A defesa da suspeita já entrou com o pedido de liberdade provisória e aguarda decisão na Justiça.
“Estamos aguardando tanto o parecer do Ministério Público, como também a decisão do Magistrado, até porque ela foi acusada de incorrer no inciso 261, quando se coloca em risco a segurança da população da aeronave. Trata-se de um crime federal, mas acreditamos que, em virtude da problemática de saúde apresentada, iremos conseguir sua concessão de liberdade”, explicou o advogado.
Autor Bruna Lira/O Povo Online