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Banda 'Calcinha Preta' anuncia DVD inédito gravado em Belém para homenagear Paulinha Abelha

Banda 'Calcinha Preta' anuncia DVD inédito gravado em Belém para homenagear Paulinha Abelha

Paulinha Abelha comanda show do Calcinha Preta em Zurique, na Suíça, em outubro de 2015 — Foto: Gustavo Fadel/Futura Press/Estadão Conteúdo

“Vai ser um presente para os fãs”, anunciou o grupo. Paulinha morreu no último dia 23, aos 42 anos.

O grupo de forró Calcinha Preta anunciou, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, no domingo (27), que irá lançar um DVD gravado em Belém, com imagens inéditas da cantora Paulinha Abelha, que morreu na última quarta-feira (23), por problemas renais.

O cantor Bell Oliver informou que o grupo prepara uma homenagem à Paulinha. “Nós acabamos de gravar um DVD em Belém, que a Paulinha participou, e não foi lançado. Vai ser um presente para os fãs”, anunciou.

Banda se despede de Paulinha

Em entrevista ao Fantástico, Bell Oliver, contou que ela não havia se queixado de problemas de saúde, mas percebeu que a cantora estava irritada nos últimos dias.

“Ela era a parte alegre da banda, tinha um público gigantesco, maior influencer de Sergipe, em números nas redes sociais. Vai ser difícil para gente subir no palco e não ter abelhinha ali. A gente pede que os fãs nos ajudem e nos deem força”, disse Bell Oliver.

“Eu pensando 'quando a gente voltar a trabalhar, agora como vai ser assim'. Eu não sei como voltar, não sei como é que eu vou ficar no camarim sem Paula”, diz a cantora Silvânia Aquino, que esteve com Paulinha nos palcos desde 2000.

Em 2016, as duas, juntamente com Daniel Diau, chegaram a deixar a banda para integrarem o Gigantes do Brasil. Já em 2017, as cantoras formaram a dupla "Silvânia & Paulinha". O retorno ao Calcinha Preta ocorreu em 2018.

“Eu quero pensar que ela está fazendo uma viagem. Paulinha, para gente, vai ser insubstituível”, lamentou Daniel Diau.

Irmã de Paulinha Abelha fala sobre última conversa com a artista; ‘Estamos unidas pelo sangue e pelo coração’

Paulinha Abelha foi sepultada por volta das 17h, na última sexta -feira (25) , no município de Simão Dias, cidade natal da artista. O velório começou ainda na madrugada da quinta para a família, em um velatório da capital e, no começo da manhã, o corpo foi levado para o Ginásio Constâncio Vieira, onde foi velado durante todo o dia e madrugada. Milhares de fãs prestaram homenagens, líderes religiosos cantaram e também fizeram reflexões sobre a brevidade da vida.

Influenciador digital Carlinhos Maia durante velório de Paulinha Abelha em Aracaju — Foto: Anna Fontes/ TV Sergipe

Quem foi Paulinha Abelha

Natural do município de Simão Dias, no interior de Sergipe, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, trabalhou com pai comercializando em feiras livres. Começou a carreira como cantora profissional na banda Panela de Barro, onde fez dupla com o cantor Daniel Diau.

Os dois voltaram a cantar juntos na Calcinha Preta, que também é composta, atualmente, por Silvânia Aquino e Bell Oliver. A história na banda tem idas e vindas, mas começou no final dos anos 90, quando o empresário Gilton Andrade a descobriu. Ao todo, ela gravou 21 CDs e três DVDs.

A cantora foi homenageada na música que leva o seu nome, "Paulinha". Deixou a banda em 2009 para integrar a G.D.Ó. do Forró com Marlus Viana, com quem foi casada. Em 2014, retornou para a Calcinha Preta. Em 2016, Paulinha deixou a banda para formar dupla com a Silvânia Aquino, retornando ao grupo em 2018.

Entre os maiores sucessos interpretados por Paulinha estão as músicas: 'Você Não Vale Nada", ''Furunfa", "Baby dool", "Louca por ti", "Sonho Lindo", "Armadilha", "Paulinha" e "Ainda te amo".

A Calcinha Preta gravou um DVD de 25 anos em fevereiro de 2020 e retornava à rotina de shows após meses sem apresentações por conta da pandemia.

Até a internação de Paulinha, o último compromisso do grupo foi a gravação do podcast Podpah, em São Paulo, no dia 8 de fevereiro.

Veja a cronologia da internação:

  • 11 de fevereiro - A cantora Paulinha Abelha foi hospitalizada em Aracaju depois de chegar de uma turnê com a banda Calcinha Preta em São Paulo. A internação foi para tratar de problemas renais, mas a causa não foi divulgada;
  • 14 de fevereiro - O quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI. A partir daí, passou a fazer diálise;
  • 17 de fevereiro - O boletim médico desse dia informou que Paulinha estava em coma e, por causa da instabilidade neurológica, não tinha condições clínicas suficientes para a transferência. No fim da noite a situação mudou e ela foi transferida para o Hospital Primavera, na Zona Sul de Aracaju, para fazer novos exames renais;
  • 18 de fevereiro - O boletim médico informou que a artista permanecia em coma, clinicamente estável, com quadro de infecção controlado e respirando com o suporte de aparelho. A assessoria da cantora disse ainda que estava descartada a possibilidade de morte cerebral, e que naquela tarde ela passaria por mais uma sessão de hemodiálise. Segundo a assessoria, Paulinha estava sendo submetida a um novo tratamento, que só deveria apresentar resposta em 72 horas. Com relação à transferência para hospital de outro estado, a assessoria informou que não havia previsão de quando poderia acontecer;
  • 19 de fevereiro - No fim da manhã do sábado, novo boletim informava que após a investigação com exames complementares, foi afastada a possibilidade da cantora estar com "doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade". O documento não trouxe mais detalhes sobre quais doenças seriam essas. À noite, os médicos informaram que ela estava intubada e em coma persistente;
  • 20 de fevereiro - Segundo o boletim médico do domingo, a cantora apresentou quadro neurológico grave e permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela também continuava em coma e intubada;
  • 21 de fevereiro - na segunda-feira, a artista seguia com quadro neurológico grave, sem sinais de instabilidade hemodinâmica, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de diálise.
  • 22 de fevereiro - Na terça, de acordo com o boletim, ela permanecia com o quadro neurológico grave inalterado, sem necessidade de medicamentos para ajuste da pressão, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de hemodiálise para ajuste da função renal. No final da tarde, os médicos que acompanhavam a cantora concederam entrevista coletiva e definiram o estado de coma dela com o nível 3 na Escala de Glasglow, que se caracteriza como o mais profundo.
  • 23 de fevereiro - O último boletim divulgado pelo hospital, no começo da tarde de quarta-feira informou que a cantora permanecia em coma com quadro neurológico grave inalterado, respirando com a ajuda de aparelhos, fazendo hemodiálise e em monitoramento contínuo das disfunções neurológica, renal e hepática. À noite, o hospital emitiu a nota de falecimento.
Por g1 Pará — Belém

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