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Acusado de matar três PMs e de fazer outros reféns em Quixadá é condenado a 123 anos de prisão

Acusado de matar três PMs e de fazer outros reféns em Quixadá é condenado a 123 anos de prisão

Legenda: José Massiano foi detido no dia 27 de maio de 2019, no Município de Bom Jesus, no Estado do Piauí, na posse de um documento falso - Foto: Reprodução/ Polícia Civil do Ceará

Réu foi sentenciado também por tentativa de homicídio, sequestro, roubo e organização criminosa, cinco anos após os crimes

O 3º Tribunal do Júri de Fortaleza decidiu punir com 123 anos de prisão um homem acusado de integrar organização criminosa e de matar três policiais militares, além de ferir e de fazer outros PMs reféns, em um confronto violento registrado no Município de Quixadá, no Sertão Central do Ceará, em 2016.

A sentença proferida contra José Massiano Ribeiro, de 39 anos, na última sexta-feira (17), reuniu diversos crimes que ele cometeu no dia 30 de junho daquele ano. Confira:

  • 3 homicídios contra policiais militares;
  • 4 tentativas de homicídios contra PMs;
  • 2 sequestros de policiais militares;
  • 3 roubos, sendo um de um micro-ônibus e dois contra pessoas;
  • 3 adulterações de sinal identificador de veículo automotor;
  • e organização criminosa.

Para chegar à pena de 123 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, a juíza Daniela Lima da Rocha considerou a culpabilidade do réu, entre outros fatores.

Na espécie, ainda que se trate de dolo eventual, a complexidade da ação criminosa cujo resultado o réu assentiu, demandou premeditação e preparação, com armas de grosso calibre, uso de equipamento que funcionava como blindagem na parte traseira de um dos veículos inicialmente utilizados pelo grupo criminoso, tudo para enfrentamento em eventual confronto armado com a polícia, o que houve, no caso, contra três composições da Polícia Militar."

DANIELA LIMA DA ROCHA

Juíza de Direito

A magistrada concluiu que "as consequências dos crimes são gravíssimas, não somente pelo resultado morte de pessoas jovens, mas também porque os desdobramentos dos delitos alcançaram de modo indelével toda a sociedade quixadaense e, em especial, a instituição da Polícia Militar do Estado do Ceará".

A sentença traz ainda que o tempo que José Massiano ficou preso provisoriamente, desde maio de 2019, não é suficiente para modificar o regime inicial de cumprimento de pena, que deve ser o fechado. A defesa do réu não foi localizada pela reportagem para comentar a decisão

Réu ficou foragido por três anos

Uma quadrilha fortemente armada, preparada para roubar um carro-forte, foi localizada e começou a ser perseguida pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), na tarde de 30 de junho de 2016. A perseguição seguiu até o Distrito de Juatama, em Quixadá, quando houve uma intensa troca de tiros.

Três policiais militares foram baleados e não resistiram aos ferimentos: o sargento Francisco Guanabara Filho, o cabo Antônio Joel de Oliveira Pinto e o soldado Antônio Lopes Miranda Filho. Pelo menos dois PMs ficaram feridos e outros dois foram levados pelos criminosos na fuga, em uma viatura da PMCE. Os dois agentes acabaram liberados pela quadrilha, em uma estrada entre Quixadá e Ibaretama.

O confronto sangrento causou clamor na população cearense e teve repercussão nacional. Associações policiais e autoridades se manifestaram. O governador Camilo Santana lamentou a ocorrência, solidarizou-se com as famílias e com a tropa e determinou 'uma força-tarefa para atuar imediatamente no cerco em toda a região no sentido de prender cada um dos criminosos para que recebam a punição devida da Justiça'.

Após ser identificado como um dos autores dos crimes, José Massiano Ribeiro entrou para a lista dos Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e foi preso apenas quase três anos depois do triplo homicídio em Quixadá.

José Massiano foi detido no dia 27 de maio de 2019, no Município de Bom Jesus, no Estado do Piauí, na posse de um documento falso. Segundo as investigações da Delegacia de Repressões às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), ele morava naquela região, onde atuava como motorista e olheiro de uma facção criminosa.

Além do confronto em Quixadá, Massino também é acusado de participar de um ataque a um carro-forte no Distrito de Uruquê, em Quixeramobim, também no Sertão Central, no ano de 2015, que terminou com um tiroteio e três policiais civis feridos.

Escrito por Messias Borges/Diário do Nordeste

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