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Pesquisadores da Urca denunciam comércio ilegal de fósseis do Cariri cearense

Pesquisadores da Urca denunciam comércio ilegal de fósseis do Cariri cearense

Pesquisadores da Urca denunciam comércio ilegal de fósseis do Cariri Cearense(foto: Divulgação/Urca)

Nesta segunda-feira, 15, em entrevista exclusiva à rádio CBN Cariri, o professor e coordenador do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, Hálamo Feitosa, falou sobre esse assunto em programa apresentado pelo jornalista Jocélio Leal

Pesquisadores e professores da Universidade Regional do Cariri (Urca) denunciam ao Ministério Público Federal (MPF) o tráfico de fóssil da Bacia do Araripe, situada nas imediações do Cariri cearense, encontrado em site de vendas europeu. A espécie foi identificada ocasionalmente pela paleontóloga Flaviana Jorge de Lima e pelo professor Hálamo Feitosa durante um levantamento de bibliografia para escrita de artigos científicos.

Hálamo Feitosa, que também é coordenador do Laboratório de Paleontologia da Urca, disse que costuma buscar na internet, por meio do portal Capes e de outros sites, estudos que tenham sido feitos recentemente. Ao fazer a pesquisa, para sua surpresa e de Flaviana, se deparou mais uma vez com uma oferta de venda ilegal de fósseis caririenses.

O Ministério Público Federal foi acionado sobre o caso, que também foi comunicado à Polícia Federal. O MPF em Juazeiro do Norte tem sido “muito bom”, atendendo prontamente os pleitos dos acadêmicos no sentido de levar a questão à justiça internacional para trazer de volta o material que pertence ao Brasil.

Hálamo Feitosa diz achar que o número de pedidos de repatriação de fósseis locais comercializados fora do país de maneira ilícita já passou de uma dezena. “A gente pede a repatriação desse material porque, bem ou mal, o Brasil tem uma legislação que diz que a saída ilegal de fósseis é um crime e que deve ser pedido de volta”, conta à Jocélio Leal em entrevista exclusiva à rádio CBN Cariri.

O professor afirma que com os pedidos de devolução e repatriação de artefatos paleontológicos, tem-se notado a diminuição de ofertas de fósseis da Bacia do Araripe na internet. Agora, a venda se dá de forma direta entre traficantes e compradores “aficcionados pela paleontologia” no continente europeu, principalmente na Alemanha.

“Temos que continuar insistindo até que eles resolvam devolver esse material ou até que a Justiça da França, da Alemanha, da Inglaterra e de outros países resolvam dar ganho de causa e nos enviar de uma vez esse patrimônio cultural e científico que é indiscutivelmente nosso, do povo cearense, do povo caririense”, articula Hálamo Feitosa.

Como os fósseis são escoados para o exterior?

“A grande questão é como eles tiram esse material do Brasil”, diz o professor. Sabe-se que os fósseis são levados em caminhões do Cariri para São Paulo ou Fortaleza, de modo que para escoá-los, os traficantes compram “uma carrada de laje” e cobrem os objetos a serem vendidos. "Ainda tem muito material que foi traficado daqui nos anos 90 e na primeira década dos anos 2000 e esse material está sendo paulatinamente desovado”, continua.

Hálamo Feitosa se coloca à disposição, ainda, para tentar resolver o problema, assim como também aprova que pessoas realizem denúncias sobre a situação de venda ilegal de animais e plantas fossilizados ou que pessoas realizem voluntariamente a devolução de artefatos paleontológicos. Ele afirma que muitas gente ainda guarda em casa fósseis que receberam como presentes de familiares.

"Tem que lembrar que lugar de fóssil é no museu. O fóssil é um bem da União e não pode ficar na mão de um particular”, finaliza o professor.

Como denunciar?

Para denunciar, basta ligar 190, para a Polícia Ambiental, para o Museu de Paleontologia da Urca, para o Ministério Público Federal, para Polícia Federal ou então comunicar ao professor Hálamo pelo WhatsApp dele: (88) 99950303.

Autor Carolina Parente/O Povo Online

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