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Em carta, Jefferson cita Arnon Bezerra entre "lideranças viciadas em velhas práticas"

Em carta, Jefferson cita Arnon Bezerra entre "lideranças viciadas em velhas práticas"

ARNON tentou em 2020 ser o primeiro prefeito reeleito no município do Cariri (Foto: Reprodução/Wikipédia)

Arnon é ex-prefeito de Juazeiro do Norte e ex-deputado federal

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) redigiu carta do Complexo Penitenciário de Bangu na qual criticou a aproximação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com figuras do centrão. Ele afirma então que o partido dele, o PTB, abriu mão de "lideranças viciadas em velhas práticas", entre as quais o ex-prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra, petebista de 2003 a 2021 e atualmente filiado ao PDT.

"Reparem, quando eu quis construir um partido com bases nas expectativas honradas do povo brasileiro, abri mão de lideranças viciadas em velhas práticas; Rondon, Albuquerque, Campos, Cristiane (Brasil, filha dele), Benito, Armando, Arnon Bezerra, etc...", escreveu Jefferson.

Embora se volte contra as velhas práticas no texto, Jefferson é figura carimbada na política. Antes de chegar ao bolsonarismo, desempenhou forte papel na defesa do ex-presidente Fernando Collor, até o impeachment, em 1992.

Concederia entrevista à Folha de S. Paulo que trouxe à tona o esquema do Mensalão, em 2005, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Ele foi cassado na Câmara dos Deputados no mesmo ano e condenado judicialmente em 2014 a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Jefersson e Bezerra foram contemporâneos de Câmara dos Deputados.

O POVO entrou em contato com o ex-prefeito Arnon Bezerra, às 22h56min, e publicará a resposta assim que houver retorno.

  • Confira a carta na íntegra:

"O Bolsonaro era a ruptura. Foi eleito para romper com uma velha política, que teve origem na redemocratização, toma lá dá cá, governo de coalização, cada partido recebe um naco da administração e se remunera. E o povo?

'O povo que se lasque'.

O Bolsonaro deveria ter aprofundado a ruptura, os choques seriam intensos, como o rugido das ondas nas paredes rochosas dos litorais. Mas ressaqueado até que passasse esse ciclo da lua. Quando tudo, tudo, seguiria o retorno da nova liderança. Mas ele foi cercado pelas figuras do Centrão, que o fizeram capitular frente aos rosnados das bestas famintas de dinheiro público. E o povo? O povo gostaria de ver as bestas enjauladas ou abatidas a tiros pelos caçadores. Mas o presidente tentou uma convivência impossível entre o bem e o mal. Acreditou nas facilidades do dinheiro público, Esse vício é pior que o vício em êxtase, quem faz sexo com êxtase tem o maior orgasmo ou ejaculação que o corpo humano de Deus pode proporcionar. Gozou com êxtase, para sempre dependente dele. Desfrutou do prazer decorrente do dinheiro público, ganho com facilidade, nunca mais se abdica desse gozo paroxístico que ele proporpciona.

Bolsonaro cercou-se com viciados em êxtase com dinheiro público; Farias, Valdemar, Ciro Nogueira, não voltará aos trilhos da austeridade de comportamento. Quem anda com lobo, lobo vira, lobo é. Vide Flávio.

Nosso caminho é outro. Queremos um governo dos justos, que felicite e orgulhe o povo. Um governo que não roube e não deixe roubar. Um governo que sirva o povo, não se sirva dele. Um governo que trabalhe com o poder do amor, jamais com o amor do poder.

Reparem, quando eu quis construir um partido com bases nas expectativas honradas do povo brasileiro, abri mão de lideranças viciadas em velhas práticas; Rondon, Albuquerque, Campos, Cristiane, Benito, Armando, Arnon Bezerra, etc...

Não é fácil fazer a mudança, ela machuca até a gente, pois temos que atingir gente que amamos, mas que se recusa a compreender os novos objetivos.

Bolsonaro precisava peitar.

se os filhos atrapalham, remova-os. Valdemar Costa neto e Ciro Nogueira puxam para trás qualquer mudança de práticas, para uma nova vereda de austeridade e honra.

Ruptura com a corrupção tem um peso, leva gente que nós gostamos. Mas é o que o povo espera.

7 de setembro ficou imaculado. Todo o povo saiu às ruas para dizer, eu autorizo, não havia volta, não havia transigência com as velhas práticas. Mas por algum motivo, Bolsonaro fraquejou. Não teve como seguir. Escrevo isso insone. Não preguei meus olhos. Esse pensamento queimou minhas pestanas, não consegui fechar meus olhos e dormir.

Vamos por nós mesmos.

Vamos convidar o Mourão. O PTB terá candidatura própria, quem sabe apoiamos o Bolsonaro no segundo turno.

Não é fácil afastar um filho, sei a dor de afastar a Cristiane. Mas o projeto político está acima das concessões sentimentais.

Não se transige à tirania.

Não se transige à opressão.

Não se rende homenagens à ditadura, não se curva às ameças dos arrogantes.

Nosso edital sinalizará um novo caminho.' A candidatura própria tem precedência sobre as demais'.

Gustavo, leva a carta ao general Mourão. Convide-o para a disputa a Presidência, quem souber percorrer a terceira via, vencerá a eleição.

São 5:30 horas, não preguei meus olhos. Minha cabeça está acesa e ligada. É o fogo do Espírito Santo mostrando o caminho a se seguir.

Não visitem mais a Carminha, ela é desembargadora, ele é da turma do Supremo. Nós somos políticos, nossa gente é outra. Somos de outra tribo.

Candidatura própria tem precedência.

7 de setembro é um dia inacabado, quem souber construir o sonho de nosso povo, virará vitorioso as páginas de nossa folhinha.

Deus abençõe nossa gente.

Deus proteja nosso Brasil.

Deus é nossa força e vitória.

Abração.

Roberto Jefferson.

7 de setembro é dia inacabado.

O povo foi ludibriado."

Autor Carlos Holanda/O Povo Online

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