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'Responsabilidade é do Governo Federal', reforça Camilo Santana sobre preços dos combustíveis

'Responsabilidade é do Governo Federal', reforça Camilo Santana sobre preços dos combustíveis

Legenda: "A responsabilidade de preço de combustível e gás é do Governo Federal e da Petrobras, que é nossa, do povo brasileiro", disse o governador do Ceará  - Foto: Thiago Gadelha

Governador do Ceará criticou discurso do presidente da Petrobras sobre impacto dos impostos estaduais no preço da gasolina e disse que o País precisa discutir uma reforma tributária ampla

A responsabilidade pelos altos preços dos combustíveis no Brasil é do Governo Federal, voltou a afirmar o governador do Ceará, Camilo Santana. Ele criticou, hoje (17), a atual política de preços da Petrobras, a falta de uma articulação completa para a reforma tributária no Brasil, e as afirmações do presidente da Estatal, Joaquim Silva e Luna, sobre os efeitos dos tributos estaduais na composição de preços nas bombas dos postos.

"A responsabilidade de preço de combustível e gás é do Governo Federal e da Petrobras, que é nossa, do povo brasileiro. Não adianta ficar tentando jogar isso nas costas dos governadores ou dos estados. Parece que isso é brincadeira em relação a um tema muito importante e que o povo está sofrendo", afirmou Camilo com exclusividade ao Sistema Verde Mares (SVM). 

Na última terça-feira (14), o presidente da Petrobras endossou a narrativa de que a responsabilidade pelos preços elevados de gasolina no País tem conexão com os tributos estaduais.

O discurso foi criticado pelo governador Camilo Santana, que apontou a atual política de preços da estatal e a desvalorização do real frente ao dólar como os principais responsáveis pelo encarecimento dos combustíveis.

"O próprio presidente da Petrobras reconheceu o efeito do dólar no preço do combustível, só não enxerga quem não quer ver. É brincadeira. Nós tivemos nove aumentos no preço do combustível esse ano no Brasil. O ICMS não aumenta há anos. Nós estamos dispostos a discutir os impostos? Claro! Agora, temos de discutir a reforma tributária nesse País  e ninguém quer discutir isso", disse Camilo. 

DISCUSSÃO AMPLA

O chefe do Executivo cearense também afirmou que Governo do Estado está disposto a rever mudanças de cobrança dos impostos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Contudo, ele afirmou ser preciso que haja uma discussão ampla da reforma tributária no Brasil, focando em um modelo que consiga sanar desproporcionalidades e reduzir os níveis de desigualdades social e econômica.

Há uma injustiça tributária forte nesse país, há uma concentração de riquezas, e por que não cobramos imposto lá no destino? Então, há uma série de questões e não dá para os Estados, que têm de manter saúde, educação, segurança e investimento, fazer qualquer mudança sem discutir uma estruturação mais macro. Essa é a questão, e isso é responsabilidade do Governo Federal", ponderou.

CAMILO SANTANA

governador do Estado

POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS

Desde 2016, ainda no mandato do presidente Michel Temer (MDB), a Petrobras adotou uma política de preços baseada na paridade internacional (PPI). O modelo considera a variação de preço do barril de petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio do real frente ao dólar para compor os preços dos derivados de petróleo no País, como a gasolina. 

Escrito por Samuel Quintela/Diário do Nordeste

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