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Vigilante acusado de integrar grupo de extermínio no Ceará será julgado por mortes após 12 anos

Vigilante acusado de integrar grupo de extermínio no Ceará será julgado por mortes após 12 anos

Legenda: Os homens acusados de integrar o grupo de extermínio atuavam no Grande Bom Jardim. - Foto: Fabiane de Paula

O homem é acusado por um duplo homicídio e ainda tentar assassinar outras três vítimas que foram alvejadas, e resistiram aos ferimentos

Mais de 12 anos separam a data das mortes de Luiz Paulo Abreu de Sousa e Reginaldo de Medeiros Santos, do dia em que o Judiciário cearense decidiu levar ao banco dos réus o acusado pelo duplo homicídio. Em decisão proferida no último dia 2 de agosto, na 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, ficou determinado que o vigilante José Ronaldo da Silva Santos seja julgado pelos assassinatos.

Ronaldo é acusado pelas mortes, por integrar uma organização criminosa e ainda tentar executar outras três pessoas que naquele 14 de janeiro de 2009 também foram alvejadas à bala, mas conseguiram sobreviver. Conforme denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) ofertada em janeiro de 2015, o crime aconteceu na Rua Nova Conquista, Bairro Bom Jardim. Logo, a investigação apontou ligação do caso a um grupo de extermínio que atuava na localidade naquela época.

"Com as investigações realizadas, a polícia obteve a informação de que no Bairro onde ocorreram os crimes, havia uma empresa de vigilância que praticava homicídios contra criminosos, estando tal empresa relacionada aos delitos investigados. Com as apurações, a polícia chegou aos nomes dos maiores de idade Lindoval Aprígio de Sousa, José Wesley Negrão Rocha (vulgo “Bibi”) e Francisco Leandro Ferro da Silva, todos já falecidos, e José Ronaldo da Silva Santos", conforme trecho da denúncia.

A partir dos depoimentos das testemunhas, das provas colhidas durante a fase de instrução e com posicionamento do MPCE a favor da pronúncia, o juiz decidiu levar o réu ao Tribunal Popular do Júri. "Já a defesa do acusado, em sede de memoriais escritos optou por não se aprofundar na apresentação de suas alegações finais, mas alegou a ausência de prova da autoria delitiva". A reportagem não conseguiu contato com os advogados do réu. 

MILICIANOS

Nos anos de 2008 e 2009, o Diário do Nordeste noticiou diversos crimes cometidos pelo grupo de extermínio que comandava a área do Bom Jardim. Naquela época, as vítimas costumavam ser pessoas que desafiavam o poder da milícia por praticaram assaltos ou furtos na área vigiada pelos seguranças.

A reportagem acompanhava casos que, quando alguém assaltava algum comerciante na área delimitada pelos vigilantes do grupo de extermínio, era perseguido e morto. Luiz Paulo, uma das vítimas de José Ronaldo, teria sido assassinado porque meses antes matou um vigilante colega do atual réu.

Fonte: Diário do Nordeste

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