Com temor da variante delta, Camilo evita nova flexibilização da economia no Ceará
Governador Camilo Santana e secretário Cabeto atualizam situação da pandemia no Ceará — Foto: Governo do Estado/Reprodução |
Variante delta da Covid-19 tem 15 casos confirmados no Ceará, diz o governador.
O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou nesta sexta-feira (6) que não haverá novas medidas que flexibilizam a retomada da economia no estado. O governador justificou a medida com o aparecimento de casos da variante delta do coronavírus, que é mais transmissíveis que as cepas anteriores do vírus.
"Temos que saber como é o comportamento nas próximas semanas dessa variante delta aqui no Ceará. Então por prudência vamos manter o atual decreto com algumas ponderações", disse.
Ainda conforme o governador, subiu para 15 o total de casos da variante delta confirmados no Ceará. Os casos foram confirmados em passageiros vindos do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e México.
Conforme Camilo Santana, será reforçado o monitoramento nos aeroportos do estado para evitar que essas pessoas transmitam a variante delta na população do estado
"Vamos manter o atual decreto com uma orientação: que as pessoas identificadas no aeroporto com a variante delta que fiquem em isolamento. Nossa preocupação agora é reforçar o monitoramento para compreender as manifestações a essa variante."
Essa variante foi identificada primeiro na Índia e está se alastrando pelo mundo em alta velocidade. Ela se tornou mais transmissível após mutações sofridas desde a sua descoberta.
Essa cepa apresenta uma modificação na proteína que fica na superfície do vírus, responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.
Redução dos casos da doença
O secretário da Saúde, doutor Cabeto, afirmou que há redução nas buscas por hospitais, além de casos e mortes pela doença.
"Há uma queda contínua no total de exames positivos. Chegamos a quase 80% dos exames sendo positivo, hoje são 10%", disse o secretário.
Apesar da redução, o secretário alertou que as pessoas precisam manter os cuidados, usando máscara, evitando aglomeração e recebendo a vacina.
O governador voltou a afirmar que o Ceará é prejudicado na quantidade de doses recebidas da vacina, repassada pelo Ministério da Saúde. Conforme Camilo, o estado deveria receber mais doses do que as que chegam, considerando a proporção da população do estado. O caso foi questionado na Justiça, que deu prazo de 5 dias para o ministério responder.
Por G1 CE