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Ciro é condenado a pagar R$ 20 mil a Lúcio Alcântara; veja outras disputas judiciais do ex-ministro

Ciro é condenado a pagar R$ 20 mil a Lúcio Alcântara; veja outras disputas judiciais do ex-ministro

Legenda: Ciro foi condenado a pagar R$ 20 mil ao ex-governador Lúcio Alcântara, mas ainda pode recorrer - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Recentemente, o ex-ministro foi condenado a indenizar pelo menos três pessoas e teve um apartamento leiloado para custear uma ação

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) foi condenado em mais um processo por dano moral. Desta vez, o alvo dos ataques era o ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara. O pedetista terá de pagar R$ 20 mil ao ex-chefe do Executivo estadual.

A sentença foi proferida no último dia 16 de julho, mas o caso não é isolado. Recentemente, o ex-ministro foi condenado a indenizar pelo menos três pessoas e teve um apartamento leiloado para custear uma ação ajuizada pelo ex-presidente Fernando Collor (Pros). 

No processo em que Ciro foi condenado mais recentemente, Lúcio afirma que, durante entrevista em 2012, o ex-ministro o acusou de ter enviado notícias falsas para a revista Veja com o objetivo de prejudicar a campanha de Cid Gomes (PDT) ao Governo do Estado. À época, Ciro também teria acusado Lúcio de fugir da Justiça por não ter como se defender de um processo movido contra ele. 

"Teria comparecido a uma audiência perante a Justiça somente porque foi ameaçado de comparecer debaixo de vara, para aprender e 'largar de ser sem vergonha''', teria afirmado o pedestista, segundo consta no relatório da juíza Antônia Dilce Rodrigues Feijão, da 36ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza. 

O ex-ministro ainda pode recorrer da decisão judicial.

OUTROS CASOS

Em abril deste ano, Ciro também foi condenado em um processo por danos morais contra a revista Veja e os jornalistas Nonato Viegas e Hugo Marques. A sentença ordenou que o petista pague R$ 13.100 aos advogados dos dois profissionais de imprensa.

O estopim da ação foi uma reportagem publicada pela revista, em 2018, intitulada “O esquema cearense”. A matéria relatava sobre um suposto esquema de extorsão contra empresários cearenses. O texto afirmava ainda que Niomar Calazans, ex-tesoureiro do Pros, envovia Ciro no esquema. À época, o ex-ministro integrava os quadros da sigla. 

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É o número de processos que a disputa entre Ciro e Eunício já rendeu

O ex-ministro acusava a reportagem de fazer acusações “levianas, ofensivas e inverídicas''. Para ele, os jornalistas abusaram da liberdade de expressão. 

O caso foi analisado pelo juiz Rogério de Camargo Arruda, da Justiça de São Paulo, que considerou a matéria dentro dos limites da liberdade de expressão, do direito de informar e do interesse público.

Na ação, Ciro pedia indenização de R$ 100 mil, mas terminou tendo de custear os honorários dos advogados dos jornalistas. Ele chegou a recorrer da decisão, mas não conseguiu rever a sentença. 

PENHORA

Em janeiro do ano passado, a Justiça de São Paulo determinou a penhora de uma pick-up Toyota Hilux de Ciro Gomes, para pagar indenização por danos morais, no valor de R$ 38 mil, ao vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM), ligado ao  Movimento Brasil Livre (MBL).

O vereador foi chamado de "capitãozinho do mato", em dois momentos, pelo ex-ministro.

EUNÍCIO X CIRO

Outro foco constante de atritos – que muitas vezes se estendem aos tribunais – ocorre entre Ciro Gomes e o ex-senador Eunício Oliveira (MDB). Conforme mostrou o Diário do Nordeste em maio deste ano, o rompimento entre os antigos aliados já rendeu 38 processos em sete anos. 

À época, Ciro havia sido condenado a pagar R$ 100 mil ao emedebista. Neste caso, o foco da ação eram declarações dadas em 2014 pelo pedetista, que, em sua página no Facebook, chamou Eunício de “maior corrupto da história moderna do Ceará” e “o corrupto que queria comprar o Governo do Ceará”.

Aquele ano, inclusive, foi o que marcou a ruptura entre a família Ferreira Gomes e Eunício, já que o grupo liderado por Ciro apoiou a candidatura de Camilo Santana (PT), enquanto o emedebista também disputava o cargo de governador. O pleito foi o ponto crítico para a ruptura com Eunício, que moveu 22 processos contra Ciro só naquele ano.

Na última eleição presidencial, o pedetista afirmou que apenas “picaretas” e “assaltantes” tinham acionado a Justiça contra ele, citando, além de Eunício, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), chamado por Ciro de “maior bandido do Brasil”, e o ex-presidente da República Michel Temer (MDB), a quem Ciro foi condenado a pagar indenização de R$ 30 mil por tê-lo chamado de “ladrão fisiológico” e “chefe de quadrilha”. 

A COMPRA DO APARTAMENTO

No episódio mais recente dessa rixa político-jurídica, Eunício arrematou um apartamento do ex-ministro. O leilão ocorreu porque o pedetista foi condenado a indenizar o ex-presidente Fernando Collor por danos morais. Para pagar o valor da indenização, a Justiça determinou o leitão do imóvel, obtido por R$ 520 mil pelo ex-senador. 

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Ciro Gomes não respondeu até a publicação desta matéria.

Escrito por Igor Cavalcante/Diário do Nordeste


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