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Ceará tem maior extensão territorial com seca moderada dos últimos 17 meses, aponta Monitor da ANA

Ceará tem maior extensão territorial com seca moderada dos últimos 17 meses, aponta Monitor da ANA

Legenda: 100% do território cearense está classificado com seca fraca ou moderada. Considerando apenas a seca moderada, o percentual é de 52% - Foto: Natinho Rodrigues/Diário do Nordeste

Atualmente 52% do território cearense está em situação de Seca, maior índice desde fevereiro de 2020, quando eram 57%

O Ceará registrou agravamento da seca, conforme aponta a última atualização do "Monitor da Seca", divulgado no último sábado (10) pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Bahia e Rio Grande do Norte apresentaram, em maio, o mesmo cenário de piora. 

Na comparação entre abril e maio, o Ceará seguiu com o fenômeno (seca fraca ou moderada) em 100% de seu território, o que acontece desde fevereiro deste ano.

Em termos de severidade, houve um aumento da área com seca moderada no sudoeste do Estado, passando de 43% para 52% do território cearense em comparação a abril, o que representa quase 148 mil km².

Esta é a maior extensão de seca moderada no Estado desde fevereiro de 2020, quando 57% do território cearense enfrentou esse grau de severidade, informa o documento.

No Nordeste, apenas Pernambuco e Alagoas tiveram a seca atenuada. Os demais, com exceção da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, mantiveram a severidade do fenômeno em comparação com o cenário de abril.

Legenda: Comparativo de seca entre os meses de abril e maio - Foto: Divulgação/ANA

Já na análise nacional, são dez os estados tiveram um agravamento da seca em maio: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Já no Espírito Santo a seca fraca voltou a ser registrada.

Em contrapartida, três estados tiveram abrandamento da situação de seca: Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O Distrito Federal segue sem o fenômeno e as demais unidades da Federação mantiveram a severidade da seca identificada em abril. 

Legenda: A Bahia lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul - Foto: Divulgação/ANA

PLUVIOMETRIA

A tendência, para os próximos meses, é de que o cenário tenha sensível agravamento no Estado. Isto porque, no Ceará, o segundo semestre do ano é marcado por ausência das chuvas, que se concentram entre os meses de fevereiro a maio, a chamada "quadra chuvosa". Em 2021, este período fechou com pluviometria abaixo da média.

Para os meses do segundo semestre, os volumes esperados são reduzidos. Desta forma, a crescente de área seca moderada deve ser observada nas próximas atualizações do Monitor - que costumam ser divulgadas na primeira semana de cada mês.

Conforme dados da  Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a média pluviométrica de julho é de 15,4 milímetros. Em agosto, a normal climatológica cai ainda mais, para apenas 4,9 mm. Em setembro há a menor média de chuva dentre todos os outros meses.

Confira a média de chuva para cada mês, no Ceará:

  • Janeiro: 98,7 mm
  • Fevereiro: 118,6 mm
  • Maço: 203,4 mm (maior média)
  • Abril: 188 mm 
  • Maio: 90,6 mm
  • Junho: 37,5 mm 
  • Julho: 15,4 mm 
  • Agosto: 4,9 mm
  • Setembro: 2,2 mm (menor média)
  • Outubro: 3,9 mm 
  • Novembro: 5,8 mm 
  • Dezembro: 31,6 mm

Foto: Divulgação/ANA

ESTUDO

Segundo a ANA, o Monitor da Seca realiza o acompanhamento, mês a mês, do grau de severidade das secas no Brasil "com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo".

Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.

ANA

O estudo auxilia a execução de políticas públicas de combate à seca. O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. 

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Funceme. No Ceará, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) também participam do monitoramento. 


 

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