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Investigação em Juazeiro aponta que menina de 13 anos foi torturada e estuprada no cárcere privado

Investigação em Juazeiro aponta que menina de 13 anos foi torturada e estuprada no cárcere privado

Flagrante de Wallisson Ferreira já foi convertido em prisão preventiva (Reprodução)

A titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Juazeiro, Deborah Gurgel descobriu que a situação foi bem mais grave e descarregou novas tipificações no indiciamento.

A justiça em Juazeiro do Norte decidiu que Wallisson Ferreira de Lacerda, de 22 anos, residente na Rua Noemia Alves de Souza (Aeroporto) vai continuar preso. Ele é acusado de manter uma menina de 13 anos num cárcere privado em sua casa quando praticou sessões de torturas e crimes de estupros durante três dias. A titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Juazeiro, Deborah Gurgel descobriu que a situação foi bem mais grave e descarregou novas tipificações no indiciamento.

Ela concluiu o Inquérito Policial que já se encontra no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O primeiro passo da Ação Penal e com o aval do Ministério Público foi transformar o Auto de Prisão em Flagrante (APF) em Prisão Preventiva. A promotoria de justiça corroborou com a representação da delegada, considerando “a materialidade e indícios suficientes de autoria” e decidindo por sua permanência na cadeia “para garantia da ordem pública”.

Em função do estado da vítima considerado grave e sua internação no Hospital Regional do Cariri (HRC), somente depois a doutor Deborah pôde ouvir a garota de 13 anos. A própria delegada ficou estupefata com o relato da menina, citando como foram os três dias trancada com o seu namorado Wallisson. Sessões de torturas durante o dia e a noite, golpes na cabeça, cabelos arrancados, cigarros apagados na boca dela, espancamentos com cabo de vassoura e ausência de alimentação.

Moradores próximos ao serem ouvidos disseram que escutavam batidas nas paredes, mas o acusado sempre aumentava o volume do som para os gritos de socorro da debilitada garota não serem ouvidos. Wallisson sempre se recusava abrir a porta de sua casa até que os vizinhos não suportaram mais e arrombaram a mesma na noite do dia 24 de maio quando acionaram a polícia. Ele ainda tentou fugir pelos fundos, mas foi detido por populares e entregue à uma patrulha da PM.

A garota foi retirada do imóvel com a ajuda já que nem conseguia se locomover e sequer abrir os olhos em virtude dos muitos ferimentos e hematomas. Ela chorava bastante, demonstrava ausência de cuidados higiênicos e dizia até que não estava enxergando direito. Hoje, Wallisson segue recolhido a uma das celas do Tourinho e a menina recebeu alta hospitalar e conta com atendimento psicológico e social por parte do poder público.

Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria

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