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CGD mantém expulsão de soldado da PMCE acusado de matar universitária com tiro na cabeça no Piauí

CGD mantém expulsão de soldado da PMCE acusado de matar universitária com tiro na cabeça no Piauí

Legenda: A vítima foi atingida com um disparo de arma de fogo na cabeça - Foto: Arquivo Pessoal

O crime aconteceu em 2016. Conforme os autos, o policial e a vítima discutiram na porta de entrada de uma churrascaria quando o soldado se negou a pagar ingresso para entrar em uma festa que acontecia no local

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) decidiu manter a expulsão do soldado Rafael do Nascimento Oliveira Rosa, da Polícia Militar do Ceará (PMCE). A expulsão do agente acontece quase cinco anos após ele ser acusado de matar uma estudante universitária no Piauí.

A decisão de retirar o soldado da Corporação já havia sido publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no início deste mês de maio. Rafael recorreu da sanção de demissão, mas o Conselho de Disciplina e Correição, por unanimidade, manteve a decisão em nova publicação divulgada nessa terça-feira (25). 

Para o controlador Rodrigo Bona Carneiro, "as condutas praticadas pelo processado são suficientemente gravosas, de natureza desonrosa e ofensiva ao decoro profissional à luz dos princípios da supremacia do interesse público, da lealdade na função policial e da eficiência".

O CASO

Rafael é réu pela morte da jovem estudante de direito, Suellen Marinheiro Lula, de 21 anos. O crime aconteceu na cidade de Valença, no Piauí, em outubro de 2016. Consta nos autos que a universitária foi atingida por um disparo na cabeça enquanto estava dentro de uma churrascaria.

A vítima e o acusado teriam discutado na porta de entrada do restaurante, onde acontecia festa promovida pela família de Suellen. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público em 3 de novembro de 2016, o agente se negou a pagar a entrada para a festa. O soldado foi preso em flagrante.

Resta caracterizada a qualificadora do motivo fútil, tendo em vista que o denunciado disparou contra a vitima por motivo irrelevante, banal, em razão de o mesmo não querer pagar a entrada sua e a de seus amigos na festa, apresentado sua carteira de policial militar, o que não foi aceito, o que fez com que disparasse sua arma, ceifando a vida da vitima, que não esperava, sendo pega de surpresa, sem chance de defesa.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PIAUÍ

A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Piauí e Rafael do Nascimento pronunciado. A defesa do réu chegou a impugnar pela impronúncia afirmando entender se improcedente a denúncia por inexistência de provas e, em seguida, sob argumento de que o disparo teria ocorrido de forma acidental.

PRISÃO

Em abril deste ano, a Justiça decidiu manter a prisão do réu. Na mais recente decisão, o magistrado da Vara Criminal da Comarca de Valença do Piauí alegou que a conduta do denunciado é extremamente grave causando ainda forte impacto emocional na sociedade local. 

"Soltura sem julgamento prévio poderá causar revolta e instabilidade social. Ressalte-se que a profissão exercida pelo réu, aliada a maneira brutal com que ocorreu o homicídio sob investigação, corroboram este entendimento, dado o elevado grau de periculosidade e frustração da ordem pública causado por um agente de segurança pública do próprio estado", disse o juiz ao manter a prisão preventiva de Rafael.

A defesa do acusado no processo penal, representada pelo advogado Eduardo Faustino, disse à reportagem que o julgamento estava previsto para acontecer presencialmente em março deste ano, mas a sessão foi cancelada em decorrência da suspensão das atividades presenciais devido à pandemia.

"Seguimos aguardando nova data para o julgamento. Nosso interesse é que o julgamento ocorra o mais rápido possível", destacou o advogado. A reportagem não localizou a defesa de Rafael na seara administrativa.

Escrito por Emanoela Campelo de Melo/Diário do Nordeste


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