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Cariri se despede do poeta Pedro Bandeira, que deixa grande legado para cultura popular da região

Cariri se despede do poeta Pedro Bandeira, que deixa grande legado para cultura popular da região

Poeta Pedro Bandeira — Foto: Elizângela Santos

“Enquanto outros fazem muros, eu vou construindo pontes”, cantou Pedro Bandeira.

A semana começou triste, com a partida do Mestre da Cultura do Ceará, Pedro Bandeira. O poeta nos deixou nessa segunda-feira, 24 de agosto. Com muita tristeza e pesar, o Cariri se despede desse grande artista. No coração, suas canções e também um mundo de gratidão por seu imenso legado e obra grandiosa.

“Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste”

Nascido em 1º de maio de 1938, no Sítio Riacho da Boa Vista, município paraibano de São José de Piranhas, sendo filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. Bem jovem veio morar no Cariri, onde fez fama com sua poesia e cantoria que ecoou nas quermesses, festivais, rádios e televisões em todo o Nordeste. No ano de 2018, ele recebeu o título de Tesouro Vivo da Cultura pela Secult-CE, reconhecido pelo Governo do Ceará. Sua cantoria seguirá viva e alegre por todo sempre!

“No dia do meu enterro / não precisa de aparato / enterre os meus pés em Barbalha / o meu coração no Crato / e a cabeça em Juazeiro”, cantou, certa vez, seu amor pela nossa região.

Um legado para a cultura

Além de poeta, Pedro Bandeira também foi cordelista também atuou como repentista, cantador, escritor, radialista e apresentador de TV. Formado em Letras, Teologia e Direito, versa desde os seis anos. Aos 17, tornou-se profissional.

Pedro Bandeira é de uma família de poetas. Uma das pessoas que cantou com mais maestria o sertão. Tinha um conhecimento profundo das coisas da terra e da religiosidade popular, então cantou sempre com muita propriedade. A parceria com o cantador Geraldo Amâncio também é um ponto forte. Na seara radiofônica, por sua vez, o início deu-se na Rádio Educadora e a “fama” aconteceu com o programa Viola e Violeiros, no Crato. Como escritor, escreveu também muitos folhetos.

Pedro Bandeira é autor de centenas de músicas, entre elas a peça “Graça Alcançada”, que veio a ser gravada por mais de 20 intérpretes e pode ser considerada o hino dos romeiros e das romarias em Juazeiro do Norte. Além de renomado expoente de uma geração de cantadores, Pedro Bandeira veio a destacar-se também na Literatura de Cordel, com mais de uma centena de títulos publicados e ilustrados pelos principais xilógrafos cearenses. Escreveu ainda 14 livros, entre eles “Matuto do Pé Rachado” e “O Sertão e a Viola”.

É neto materno do famoso cantador nordestino Manoel Galdino Bandeira, de quem herdou o talento repentista. Recebeu o título de Tesouro Vivo da Cultura do Ceará, concedido pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, em 2018 e a Comenda Patativa do Assaré em 2019.


Por Márcio Silvestre/Revista Cariri/* Com informações da Ascom Governo do Estado do Ceará.

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