Maio terminou com quatro mulheres mortas no Cariri já se igualando ao ano passado
“Leleca” morta a tiros em Lavras da Mangabeira e Cícera Amaroto em Juazeiro tinham envolvimento com o tráfico de drogas (Reprodução) |
O mês de maio terminou com o registro de quatro mulheres assassinadas na
região do Cariri, sendo duas em Lavras da Mangabeira e as demais em Missão
Velha e Juazeiro do Norte. São três a mais em relação à apenas uma mulher
morta em abril ampliando o patamar no assassinato de mulheres. Já na
comparação com maio de 2019 são duas a mais, pois, naquele período, duas
mulheres foram assassinadas.
Sendo assim, nos primeiros cinco meses deste ano já são 13 pessoas do sexo
feminino mortas no Cariri – o mesmo número do decorrer de 2019 – contra seis
no mesmo período do ano passado representando um aumento considerável de
mais que o dobro. Além disso, Juazeiro responde por 61,5% em relação ao
número de assassinatos no Cariri com oito mulheres mortas. Outras quatro
foram em Lavras da Mangabeira e mais duas em Várzea Alegre e Missão
Velha.
No último dia 1º de maio Luzia Antonia Bezerra, de 79 anos, foi morta por
asfixia na sua casa no Distrito de Quitaius em Lavras da Mangabeira num
crime praticado pela travesti e usuária de drogas Cícero Emanuel Batista
Alves, de 24 anos, a “Manu” para roubar o dinheiro dela. A casa estava
revirada e o pai da acusada contou o fato para a polícia quando “Manu” se
apresentou e ficou presa.
Já no dia 9 de maio Maria Elizabete dos Santos, de 34 anos, que residia no
Distrito de Missão Nova em Missão Velha, foi morta a facadas pelo seu primo
Pedro Lima dos Santos, de 41 anos. Ele ateou fogo numa moto que atingiu
parte da casa, cujas chamas foram contidas por vizinhos que tiraram Pedro do
imóvel com queimaduras num dos braços. O mesmo apanhou uma faca e lesionou o
pescoço, sendo atendido e preso no Hospital São Vicente de Barbalha.
Enquanto isso, no dia 21 de maio, Maria da Glória Pereira Machado, de 33
anos, a “Leleca” que residia no Bairro Nova Cidade em Lavras da Mangabeira,
foi morta a tiros dentro de casa e o seu companheiro saiu baleado. Os dois
já foram presos para responder por crime de tráfico de drogas e Aparecido
Júnior de Souza Alves, de 30 anos, usa tornozeleira eletrônica desde que
deixou a cadeia pública de Juazeiro.
Por fim, no dia 28 de maio, Cícera Amaroto da Silva Velozo, de 38 anos, que
residia na Rua do Ancião (Tiradentes) em Juazeiro do Norte, foi morta a
tiros dentro de um carro de aluguel por aplicativo quando chegava em casa
procedente de um supermercado. O suspeito é o seu ex-companheiro Alberlan
Rocha Silva, o “Negão da Bros”, que tem várias passagens pela polícia e foi
preso negando envolvimento no crime.
Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria